quarta-feira, 11 de março de 2009

Algas pluricelulares

Divisão Chlorophyta (algas verdes, clorófitas ou clorofíceas)



Representam as algas mais numerosas e espalhadas pelos ambientes terrestres.

Vivem na água doce ou salgada; na terra úmida e em locais secos; sobre troncos de árvores ou em mutualismo com fungos, formando os liquens.

Há espécies unicelulares e pluricelulares; microscópicas e macroscópicas. As espécies unicelulares são geralmente portadoras de flagelos locomotores.

A clorofila se apresenta na estrutura de cloroplastos.

As clorófitas integrantes do plâncton marinho são responsáveis pela maior parte do oxigênio do ar atmosférico, eliminado graças à intensa fotossíntese que realizam.

Reproduzem-se por meio de esporos (zoósporos ou esporos móveis, dotados de flagelo) ou então sexuadamente, por conjugação. Pode ocorrer também a hormogonia: o talo se fragmenta e cada parte origina um novo filamento.

Entre as mais conhecidas citamos a Spirogyra charcos e rios) e a Ulva ou alface-do-mar (usada como alimento).



Divisão Rhodophyta (algas vermelhas, rodófitas ou rodofíceas)





São geralmente muito desenvolvidas, quase todas pluricelulares, macroscópicas e marinhas.

Suas células, além da clorofila, possuem um pigmento vermelho – a ficoeritrina – responsável pela cor que apresentam.

A Gelidium produz uma substância gelatinosa conhecida como gelose ou ágar-ágar, utilizada pela indústria farmacêutica no fabrico de laxantes; é também empregada no preparo de gomas e como meio de cultura para bactérias. A carragenina, gelatina usada na fabricação de sorvetes, é também retirada dessas algas.



Divisão Phaeophyta (algas marrons ou pardas, feófitas ou feofíceas)




São muito desenvolvidas e já apresentam rudimentos de órgãos, ainda que sem a estrutura verdadeira de raízes, caules e folhas. Contudo já revelam rizóides, caulóides e filóides.

Algumas espécies alcançam mais de 10 metros de comprimento.

Além da clorofila, possuem a fucoxantina, um pigmento marrom que lhes dá a cor característica.

São muito usadas na China e no Japão para a alimentação humana. Na Europa algumas espécies servem de forragem para o gado. Nos EUA são empregadas como fertilizantes, pois são ricas em sais de potássio, sódio e iodo, constituindo-se em ótimo adubo para o solo.

Os exemplos mais conhecidos são os sargaços as laminárias e o gênero Fucus (Fucus vesiculosus).

Algas unicelulares

Filo Euglenophyta (euglenas)



Representam um grupo com numerosas espécies todas de hábitat dulcícola, dotadas de um único flagelo longo e numerosos cloroplastos bem definidos.

São autótrofas, mas se tornam heterótrofas se perderem os cloroplastos.

Reproduzem-se por cissiparidade longitudinal.

Possuem apenas um núcleo central e um a dois vacúolos pulsáteis.

O protótipo é a Euglena viridis.



Filo Chrysophyta (crisófitas ou diatomáceas)




Do grego chrysos = ouro e phyton – planta; são conhecidas como algas amarelas ou douradas.

Possuem uma carapaça silicosa constituída de duas peças que se encaixam; apresentam contornos e desenhos variáveis com ornamentos delicados. Após sua morte, suas carapaças sedimentadas no fundo das águas formam a ‘terra das diatomáceas’, industrializada como diatomito para o fabrico de filtros, isolantes térmicos (amianto) e abrasivos para polir metais.

São todas autótrofas fotossintetizantes e reproduzem-se por divisão direta binária. Há espécies dulcícolas e marinhas.



Filo Pyrrophyta (dinoflagelados ou pirrófitas)




São aquáticos, na maioria marinhos e alguns apresentam bioluminescência (Noctiluca milliaris).

Fazem parte do plâncton.

Todos possuem carapaça e dois flagelos e movem-se em rodopios (pião).

A superpopulação de pirrófitas provoca as ‘marés vermelhas’. Nesses casos, a grande quantidade de catabólitos tóxicos eliminados por esses organismos provoca grande mortandade de peixes, tartarugas, focas, aves litorâneas e outros.