quinta-feira, 2 de abril de 2009

Qual é a diferença entre

a febre aftosa e a doença da vaca louca ?



Exceto pelo fato de atacarem o gado bovino, a febre aftosa e a doença da vaca louca são totalmente distintas. A doença da vaca louca é de origem orgânica: ela se desenvolve a partir de uma proteína animal conhecida como prion, que interage com o DNA do animal doente, causando uma série de distúrbios no sistema nervoso, como perda de equilíbrio e fúria. Tal doença começou a ocorrer entre vacas inglesas em 1986, após terem ingerido rações feitas a partir de carcaças de carneiros que traziam esta proteína em forma modificada. Já a febre aftosa é uma doença viral, transmitida por contato físico entre animais e objetos contaminados. Ela não ataca apenas o gado bovino, mas também porcos, cervos, ovelhas, cabras e outros animais. Neste caso, o vírus provoca bolhas nas mucosas bucais e nasais, na pele e nas unhas dos animais. Com muita dor, eles passam a ficar deitados por muito tempo e se enfraquecem, pois deixam de se alimentar e de se hidratar adequadamente. A febre aftosa ocorre em diversos países do mundo, ao passo que a doença da vaca louca, é praticamente exclusiva de alguns países da Europa.


Por que os japoneses têm os olhos puxados?
De acordo com o médico oftalmologista
Maurício Elieser, os olhos puxados dos japoneses são típicos dos
povos de origem mongol. “A fenda palpebral é mais amendoada neles do que em outros povos”, explica o
médico. Segundo Elieser, esta diferença não interfere na capacidade da visão.
(Fonte: GUIA DOS CURIOSOS)

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original." Albert Einstein

Principais métodos contraceptivos

Alice Dantas Brites*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Contracepção é o nome dado a qualquer método que impeça a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo na parede do útero - portanto, a qualquer método utilizado para se evitar a gravidez.

A escolha do método contraceptivo deve considerar que alguns são mais eficazes e seguros do que outros. Além disso, apenas aqueles que constituem uma barreira física também impedem que as pessoas contraiam doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) como, por exemplo, a Aids e o HPV.


Alguns métodos contraceptivos: camisinha masculina, pílula anticoncepcional, DIU e diafragma.



Camisinha
A camisinha, ou preservativo masculino, é um método de contracepção que fornece uma barreira física, impedindo que os espermatozóides atinjam o óvulo. Registros históricos apontam a camisinha como um dos métodos mais antigos de contracepção. Acredita-se que, durante a Idade Média, o preservativo era feito a partir da membrana do intestino de carneiros.

Atualmente, as camisinhas são feitas de látex e possuem a forma de um pequeno capuz, que deve ser colocado sobre o pênis. Elas apresentam, em sua extremidade, um pequeno reservatório, cuja função é armazenar o sêmen e impedir que o esperma atinja a vagina.

O risco de falha desse método encontra-se entre 2% a 18%. Sua eficácia está, em grande parte, relacionada à qualidade do preservativo e à sua correta utilização.


Preservativo feminino e diafragma
Assim como a camisinha masculina, o preservativo feminino é uma barreira física feita de látex. Ele recobre o canal vaginal, impedindo a entrada dos espermatozóides no útero e a conseqüente fertilização dos óvulos, além de proteger contra as DSTs. Muitas mulheres têm dificuldade na colocação correta do preservativo feminino, fazendo com que o índice de falha deste método fique entre 15% a 25%.

O diafragma é uma membrana côncava, feita de borracha, que a mulher coloca no interior da vagina e que recobre o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozóides. O diafragma é fabricado em diversos tamanhos, para se adequar ao corpo de cada mulher.

Um ginecologista deve ser consultado para orientar a paciente quanto ao tamanho adequado e à forma correta de utilização. Os índices de falha deste método variam de 2% a 25%. Porém, por não impedir o contato do pênis com a vagina, o diafragma não previne contra as DSTs.


Métodos hormonais
Atualmente, existe uma grande diversidade de métodos contraceptivos hormonais, que podem ser administrados por via oral - como as pílulas anticoncepcionais -, injetados ou mesmo implantados sob a pele.

Em todos os métodos hormonais de contracepção o princípio é o mesmo: o anticoncepcional possui hormônios sintéticos que impedem a ovulação. A pílula anticoncepcional deve ser ingerida por 21 dias consecutivos. Ao final deste período, ocorre a menstruação e, após uma pausa de 7 dias, a mulher deve recomeçar a tomar o medicamento.

No que se refere ao anticoncepcional injetável, ele geralmente é aplicado a cada três meses. Quanto ao implante subcutâneo, este libera os hormônios lentamente na corrente sanguínea, podendo durar até cinco anos.

Os anticoncepcionais hormonais possuem uma baixa taxa de falha, cerca de 1% a 5%, quando utilizados corretamente. Porém, não impedem a transmissão de DSTs. Por isso, recomenda-se o uso conjunto de barreiras físicas, como a camisinha.


Dispositivo intra-uterino
O dispositivo intra-uterino é um pequeno aparelho em forma de T, colocado, por meio de intervenção médica, no interior do útero da mulher. Ele pode conter sais de cobre ou hormônios. Nos dois casos, a liberação de tais substâncias impede a fertilização do óvulo ou a sua implantação no útero. É um método contraceptivo reversível e com uma taxa de falha entre 0,5% e 3%. No entanto, não protege contra a transmissão de DSTs.


Esterilização
A esterilização masculina é chamada de vasectomia. Consiste numa cirurgia simples, na qual os canais que conduzem os espermatozóides dos testículos até o pênis são bloqueados por meio de um pequeno corte. Desta forma, o líquido ejaculado deixa de conter espermatozóides, o que impede a fecundação.

A esterilização feminina é chamada de laqueadura. Neste tipo de cirurgia, as trompas de falópio são bloqueadas por meio de um pequeno corte, de uma cauterização ou da colocação de anéis cirúrgicos. Assim, os óvulos produzidos no ovário não conseguem atingir o útero e não há fecundação.

O índice de falha da vasectomia é de cerca de 0,15%. Para a esterilização feminina, o nível de falha está entre 0,04% e 0,1%. Embora esses métodos sejam seguros, eles não protegem contra DSTs.


Tabelinha e coito interrompido
O método contraceptivo da tabelinha consiste em não manter relações sexuais durante o período fértil. Para isso, a mulher marca os dias do seu ciclo menstrual e, como a ovulação ocorre por volta do 14o dia, não mantém relações entre o 10o e o 20o dia de seu ciclo.

Como muitas mulheres possuem ciclos irregulares e - incluindo aquelas com ciclos constantes - estão sujeitas a eventuais alterações, este não é um método seguro, sendo que a probabilidade de falha encontra-se entre 5% e 15%. Este método contraceptivo também não previne contra as DSTs.

O coito interrompido apresenta uma porcentagem alta de falha, entre 12% e 40% - e não impede o contágio de DSTs. Consiste na retirada do pênis da vagina no momento da ejaculação. No entanto, pode haver liberação de espermatozóides antes mesmo da ejaculação.

Há também a dificuldade de se calcular o momento exato no qual o homem deve retirar o pênis. Por essas razões, tanto a tabelinha quanto o coito interrompido não são considerados métodos seguros para evitar a gravidez ou impedir a transmissão de DSTs.

Monotremados



Alice Dantas Brites
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

A equidna possui a região dorsal recoberta por pêlos marrons e espinhos duros e compridos

Os monotremados são mamíferos pertencentes à subclasse Prototheria e à ordem Monotremata. A ordem é dividida em duas famílias, uma à qual pertence o ornitorrinco (Ornithorhynchidae), e outra que inclui as equidnas (Tachyglossidae). Esses animais ocorrem apenas na Oceania (Austrália e Nova Guiné) e são representados só por cinco espécies: o ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) e quatro equidnas (Tachyglossus aculeatus, Zaglossus attenboroughi, Z. bartoni, Z. bruinji).

O local e o período no qual os monotremados surgiram ainda é incerto, mas acredita-se que tenha sido na Austrália, há mais de 180 milhões de anos. O registro mais antigo é o fóssil de um pedaço de maxilar de cerca de 100 milhões de anos, que foi descoberto na Austrália.


Características gerais
Esses mamíferos são muito diferentes, pois, assim como os répteis e as aves, eles colocam ovos. Além disso, possuem focinhos ou bicos altamente especializados e, quando adultos, não possuem dentes. No entanto, eles possuem características típicas de mamíferos, como a presença de pêlos e de glândulas mamárias.

O nome Monotremata vem da palavra grega monotreme, que significa "abertura única". Este nome foi escolhido porque, nesses animais, os sistemas digestivo, urinário e reprodutivo compartilham uma única abertura, a cloaca.

Embora os monotremados sejam ovíparos, o ovo, diferentemente das aves e dos répteis, permanece um longo período dentro do corpo da fêmea, da qual recebe nutrientes. Após o nascimento, há um longo período de cuidado parental.

Os mamilos não são bem definidos e o leite produzido pelas glândulas mamárias é expelido através de pequenas aberturas na pele da região ventral da fêmea.


Ornitorrinco
Os ornitorrincos vivem em ambientes semi-aquáticos de água doce. Podem ser facilmente reconhecidos pelo bico parecido ao de um pato, as patas em forma de pás e a larga cauda.

Esses animais possuem um sistema eletrorreceptor, ou seja, um mecanismo de percepção sensorial capaz de captar ondas eletromagnéticas do ambiente, similar ao encontrado em algumas espécies de peixes. Nas patas traseiras dos machos existem esporões venenosos. Os ornitorrincos pesam de 0,5 a 2,0 quilos e podem atingir até meio metro de comprimento.

Eles passam grande parte da vida dentro da água, saindo apenas para cavar os ninhos e colocar os ovos. São capazes de ficar até cinco minutos submersos e enquanto estão mergulhando seus olhos e ouvidos permanecem fechados. Com os bicos, os ornitorrincos reviram a lama no fundo dos rios, em busca de alimento. Entre suas presas preferidas estão pequenos peixes, girinos e crustáceos.


Ritual complexo
O acasalamento dos ornitorrincos segue um ritual complexo e, até hoje, ocorreram apenas dois nascimentos em cativeiro. As fêmeas só se reproduzem a partir dos dois anos de idade e, muitas delas, se reproduzem um ano sim, outro não. Durante a corte o macho anda em círculos ao redor da fêmea, dando pequenas mordidas em sua cauda.

Cerca de 28 dias após o acasalamento o ornitorrinco começa a cavar buracos na terra, preparando os ninhos que abrigarão os ovos. A fêmea põe de um a três ovos de cada vez. O ovo passa cerca de 28 dias dentro do útero e é incubado externamente por apenas 10 dias. Em comparação, o ovo de uma galinha passa apenas um dia no trato reprodutivo e é chocado por 20 dias.

Os filhotes são amamentados até os três ou quatro meses de idade e atingem a maturidade aos dois anos. Os ornitorrincos podem viver até 15 anos.


Equidna
As equidnas possuem a região dorsal recoberta por pêlos marrons e espinhos duros e compridos, geralmente de coloração amarelada. Na verdade, o que chamamos de espinhos nas equidnas são pêlos modificados e endurecidos. Estes pêlos se inserem numa camada muscular, abaixo da epiderme, o que permite que tenham uma grande mobilidade.

As patas são curtas e terminam em longas unhas. Os machos, assim como os ornitorrincos, possuem esporões venenosos nas patas traseiras. O focinho é comprido e a língua é longa e pegajosa. As equidnas pesam de 2 a 10 quilos e atingem até um metro de comprimento.

As equidnas são animais terrestres e podem ser encontradas vivendo tanto em florestas como em regiões desérticas. Costumam cavar túneis subterrâneos, nos quais se abrigam durante o dia. À noite elas saem para se alimentar. A equidna se alimenta de forma parecida a um tamanduá. A língua se estica por mais de 20 centímetros e as presas grudam em sua superfície. Entre as preferidas estão formigas, cupins e minhocas.


Cuidado com os espinhos!
As equidnas se reproduzem na primavera. Durante o acasalamento, todo o cuidado é pouco para que o casal não se machuque com os espinhos! Eles se posicionam ventre com ventre, apenas com a abertura da cloaca em contato.

A gestação leva cerca de 23 dias e a fêmea coloca apenas um ovo por vez. O ovo é incubado por 10 dias, numa bolsa existente na região ventral das fêmeas. O recém-nascido não possui pêlos nem espinhos. As equidnas podem carregar seus filhotes por pouco mais de 50 dias ou até que seus espinhos se desenvolvam. Após esse período, a mãe coloca o filhote num ninho cavado na terra e o amamenta até os sete meses de idade.

A vida média de uma equidna é de cerca de 15 anos. Há, porém, um relato de um animal que atingiu, em cativeiro, 50 anos de idade.