terça-feira, 21 de outubro de 2008

Pesquisadores desenvolvem tijolo vegetal a partir de "restos" da floresta

20 / 10 / 2008

Depois de oito meses de trabalho com o ouriço e com a casca da castanha do Brasil e com os caroços do coco e do tucumã (um tipo de palmeira tradicional na Amazônia), um grupo formado por quatro pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) desenvolveu um tijolo diferente, mas com o mesmo propósito do tijolo convencional, feito com argila.

De acordo com o mentor da idéia, o pesquisador Jadir Rocha, o resultado das pesquisas foi o tijolo vegetal, resultado de um processo de trituração das matérias-primas naturais e que são consideradas como restos florestais, já que não têm serventia depois que suas polpas são consumidas. Ele garante que o artefato pode ser utilizado em qualquer tipo de obra, mas destaca suas características naturais, ressaltando que poderiam ser melhor aproveitadas na própria região amazônica.

"Esse tijolo poderá ser utilizado em qualquer tipo de obra, mas é mais apropriado em construções de até quatro andares e para a nossa região. Como se trata de um material que naturalmente é um isolante térmico, ele proporciona um ambiente agradável para as construções feitas em lugares de alta temperatura, como é na Amazônia", afirmou.

Rocha destacou também que para o processo de produção do tijolo vegetal não há necessidade de queima de madeira e conseqüentemente de desmatamento da floresta.

"Esse tijolo é feito com tecnologia limpa, ou seja, com matéria-prima natural e sem que se tenha que derrubar uma árvore. Outra vantagem é que, na produção, não se utiliza lenha, como na produção dos tijolos convencionais que para ficar prontos precisam de fornos e, logicamente, de lenhas. Com isso, preservamos mais a floresta e não geramos gases para o efeito estufa. É uma pesquisa que é fundamentada nos padrões de sustentabilidade ambiental", acrescentou.

Outra vantagem apontada pelo pesquisador é a rapidez na montagem dos tijolos vegetais, que não precisam de cimento. "Por possuir um sistema de encaixe, é possível montar uma casa popular de cinco mil tijolos em oito horas, desde que esteja com as vigas, pilares – só faltando elevar as paredes e divisórias." (Fonte: Amanda Mota/ Agência Brasil)

OMS inaugura contador de vítimas do tabagismo

21 / 10 / 2008

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e representantes da luta contra o tabagismo inauguraram nesta segunda-feira (20) um "relógio da morte", para registrar as pessoas que morrem de doenças relacionadas ao fumo.

Segundo a OMS, o tabaco matará 5 milhões de pessoas este ano, ou seja, mais do que a taxa de mortalidade por tuberculose, Aids e a malária juntas.

O "relógio da morte" já funciona desde o início das negociações na Convenção Internacional contra o Tabagismo, iniciada em outubro de 1999, e em sua inauguração já estava marcando 40 milhões de mortos.

"Essa epidemia afeta os mais pobres dos pobres", indicou Douglas Bettcher, diretor da iniciativa da OMS "Sem Tabaco".

Cerca de 600 delegados provenientes de mais de 150 países se reúnem em Genebra esta semana para negociar o protocolo da Convenção Internacional, que entrou em vigor em 2005 para abordar o comércio ilegal de produtos de tabaco.

Esse comércio faz que os governos percam por ano 50 bilhões de dólares em impostos, segundo a OMS, e alimenta o crime organizado e o terrorismo. (Fonte: Yahoo!)

Secretária do MMA destaca biodiversidade como tema central na sociedade

21 / 10 / 2008

O grande desafio da biodiversidade é ser tratada como tema central na sociedade e na economia. A busca da transversalidade é, portanto, a síntese do exposto pela secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, e pelo diretor de Departamento de Conservação da Biodiversidade, Bráulio Dias, na abertura nesta segunda-feira (20) do workshop de Lançamento do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade (Probio II).

Com ações previstas para os próximos seis anos, o Probio II tem como objetivos promover ações de conservação e uso sustentável da biodiversidade nas principais estratégias de planejamento e práticas dos setores público e privado em nível nacional, além de consolidar e fortalecer a capacidade institucional para produzir e disseminar informações e conceitos relevantes sobre a biodiversidade.

Para tanto, contará com o apoio de parceiros como Embrapa, Fiocruz, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Saúde, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade - Funbio, Banco Mundial e Caixa Econômica Federal para impulsionar a transversalidade do tema biodiversidade nos diversos setores produtivos brasileiros.

Durante a abertura foram apresentados resultados do Probio I, como o monitoramento de ecossistemas (recifes de corais e remanescentes dos biomas brasileiros) e a definição de áreas prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios, que subsidiam outras políticas públicas como o licenciamento ambiental e a criação de áreas protegidas. Também foram apresentados outros resultados como o apoio a inventários sobre a biodiversidade e a sistematização do conhecimento acerca da biodiversidade, que até então encontrava-se principalmente em inglês.

O encontro continua nesta terça-feira (21) na 505 Norte e na quarta-feira (22) no Cenaflor - Edifício sede do Ibama, em Brasília, com apresentações dos parceiros e suas ações previstas para o Projeto. (Fonte: MMA)