Danielle Jordan / AmbienteBrasil
A harpia, também conhecida como gavião-real, foi avistada na última quarta-feira por pesquisadores do Projeto Harpia na Mata Atlântica, no Parque Nacional Pau-Brasil (PARNA Pau-Brasil), em Porto Seguro (BA).
Desde maio de 2008 a ave é monitorada por satélite por pesquisadores. Depois de passar por intensa avaliação, ela foi solta. Os estudos apontam que a soltura foi bem sucedida e o animal vive em boas condições.
O animal foi encontrado caído no campo por funcionários da Fazenda Aliança, Itagimirim (BA) e depois encaminhado ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
A ave foi encaminhada, então, à Estação Veracel, que trabalha na reabilitação de outro exemplar da espécie que vive em cativeiro há 12 anos e deve ser solto no próximo mês, conforme publicado por AmbienteBrasil em 22 / 04 / 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Canadá detecta nova variante do vírus da gripe
Dois trabalhadores de uma fazenda de porcos no Canadá estão infectados por uma nova variante do vírus da gripe suína, diferente do A (H1N1), informaram as autoridades de saúde do país.
As autoridades definiram o novo vírus, detectado na província (Estado) de Saskatchewan, como "vírus não pandêmico da gripe suína".
A ministra da Saúde canadense, Leona Aglukkaq, disse por meio de um comunicado que o governo está "trabalhando de forma estreita com a província de Saskatchewan para saber o máximo sobre esse novo vírus da gripe".
"Os resultados preliminares indicam que o risco para a saúde pública é reduzido e que os canadenses que foram vacinados contra a gripe regular devem ter algum tipo de imunidade contra esta nova cepa da gripe", acrescentou.
A responsável pela Saúde em Saskatchewan, Moira McKinnon, disse durante uma entrevista coletiva realizada hoje que os dois trabalhadores se recuperaram totalmente.
"Isto ocorre de vez em quando com os vírus da gripe, se misturam. O mais normal é que não tenham as características que os permitirão continuar. No entanto, seremos muito cuidadosos e atentos" acrescentou McKinnon.
As autoridades médicas também estão investigando a possibilidade de que outro trabalhador tenha sido infectado com o novo vírus.
Há duas semanas, todos os três tiveram sintomas similares aos de uma leve gripe e nenhum viajou para fora do país.
O Canadá já soma 37 mortes relacionadas com a gripe e é o terceiro país do mundo com o maior número de casos confirmados da doença.
Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados. (Fonte: Estadão Online)
As autoridades definiram o novo vírus, detectado na província (Estado) de Saskatchewan, como "vírus não pandêmico da gripe suína".
A ministra da Saúde canadense, Leona Aglukkaq, disse por meio de um comunicado que o governo está "trabalhando de forma estreita com a província de Saskatchewan para saber o máximo sobre esse novo vírus da gripe".
"Os resultados preliminares indicam que o risco para a saúde pública é reduzido e que os canadenses que foram vacinados contra a gripe regular devem ter algum tipo de imunidade contra esta nova cepa da gripe", acrescentou.
A responsável pela Saúde em Saskatchewan, Moira McKinnon, disse durante uma entrevista coletiva realizada hoje que os dois trabalhadores se recuperaram totalmente.
"Isto ocorre de vez em quando com os vírus da gripe, se misturam. O mais normal é que não tenham as características que os permitirão continuar. No entanto, seremos muito cuidadosos e atentos" acrescentou McKinnon.
As autoridades médicas também estão investigando a possibilidade de que outro trabalhador tenha sido infectado com o novo vírus.
Há duas semanas, todos os três tiveram sintomas similares aos de uma leve gripe e nenhum viajou para fora do país.
O Canadá já soma 37 mortes relacionadas com a gripe e é o terceiro país do mundo com o maior número de casos confirmados da doença.
Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados. (Fonte: Estadão Online)
Um terço dos adultos e 70% dos adolescentes consomem açúcar em excesso
Mais de um terço dos adultos e idosos e 70% dos adolescentes consomem açúcar além do limite estabelecido pela OMS e pelo Ministério da Saúde, revela um estudo feito pela USP (Universidade de São Paulo) com mais de 2.000 moradores da cidade de São Paulo.
Além de não ter valor nutricional, o açúcar em excesso foi associado ao déficit de nutrientes. Segundo as autoras, apesar de o Brasil ser um dos principais produtores mundiais de açúcar proveniente da cana, não há estudos populacionais que investiguem esse consumo entre os brasileiros.
Os resultados são fruto de duas pesquisas feitas a partir de um mesmo banco de dados. Uma delas focou na análise dos adultos e idosos e a outra, no consumo dos adolescentes. Os trabalhos investigaram a ingestão do açúcar presente nos alimentos industrializados e do de adição (aquele que é acrescentado aos preparados).
Entre as pessoas com consumo excessivo, o açúcar representa, em média, 12% das calorias ingeridas diariamente, contra os 10% recomendados. Em alguns casos, esse valor chegou a 25%. Embora o valor não seja tão alto, ele causa preocupação.
"O valor de 10% já é o limite. Além disso, o maior consumo de açúcar associou-se à menor ingestão de alguns nutrientes, como proteína, fibras, zinco, ferro, magnésio, potássio, vitamina B6 e folato", diz a nutricionista Milena Bueno, uma das autoras da pesquisa.
Doce vício - Além de causar cáries, os alimentos açucarados levam facilmente ao ganho de peso -fator agravado porque normalmente esses produtos contêm gorduras. E a obesidade está relacionada a várias doenças. Alguns estudos também sugerem que os doces despertem uma espécie de vício. "A pessoa passa a querer mais", afirma Luciana Bruno, nutricionista da Sociedade Brasileira de Diabetes.
A maior prevalência do consumo exagerado ocorre nos adolescentes. Mas a pesquisa revelou que, em média, 37% dos adultos e idosos abusam do doce. Entre as mulheres adultas, 40% ultrapassam os limites, contra 35% dos homens. Nos idosos, as taxas são 30% e 23%, respectivamente.
Os refrigerantes foram os maiores responsáveis pelo excesso de açúcar consumido por adolescentes e adultos. Nos mais jovens, a bebida responde por 34,2% do açúcar ingerido pelos meninos e 32% do açúcar ingerido pelas meninas. Já os alimentos achocolatados em pó representam 11% do consumo.
Entre os idosos, a principal fonte foi o açúcar de adição. "Provavelmente pelo consumo em cafés e chás", acredita a nutricionista Milena Bueno. Mas itens como bolachas recheadas, bolos prontos, sucos industrializados e cereais matinais também contribuíram.
Amostra representativa - A pesquisa ouviu 793 adolescentes, 689 adultos e 622 idosos. Os voluntários, todos residentes em São Paulo, foram selecionados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e responderam a um questionário detalhado sobre a consumo de alimentos no dia anterior. "É uma amostra que pode ser considerada representativa do município de São Paulo", diz a nutricionista Ana Carolina Colucci, também autora do trabalho.
"Podemos extrapolar os dados para regiões com as mesmas características, ou seja, a população urbana de grandes cidades brasileiras", acrescenta Milena Bueno.
Outras conclusões do estudo revelaram que mulheres consomem mais açúcar do que os homens e que não há diferenças significativas em função do nível socioeconômico.
"Não esperávamos encontrar essa alta prevalência de adolescentes com consumo acima do limite máximo", diz Ana Carolina Colucci.
"Isso é preocupante principalmente se considerarmos que o açúcar de adição não são componentes essenciais à dieta, devendo ser inseridos de maneira restrita tanto em relação à frequência quanto à quantidade em uma alimentação saudável", lembra ela.
Para diminuir a dose diária de açúcar, é possível mudar alguns hábitos, como evitar acrescentar o alimento a sucos e vitaminas e diminuir as colheradas em bebidas como café e chás. "Também vale substituir o açúcar branco pelo demerara ou pelo mascavo, que têm a mesma quantidade de calorias, mas menos aditivos químicos", recomenda a nutricionista Luciana Bruno. (Fonte: Folha Online, jul/2009)
Além de não ter valor nutricional, o açúcar em excesso foi associado ao déficit de nutrientes. Segundo as autoras, apesar de o Brasil ser um dos principais produtores mundiais de açúcar proveniente da cana, não há estudos populacionais que investiguem esse consumo entre os brasileiros.
Os resultados são fruto de duas pesquisas feitas a partir de um mesmo banco de dados. Uma delas focou na análise dos adultos e idosos e a outra, no consumo dos adolescentes. Os trabalhos investigaram a ingestão do açúcar presente nos alimentos industrializados e do de adição (aquele que é acrescentado aos preparados).
Entre as pessoas com consumo excessivo, o açúcar representa, em média, 12% das calorias ingeridas diariamente, contra os 10% recomendados. Em alguns casos, esse valor chegou a 25%. Embora o valor não seja tão alto, ele causa preocupação.
"O valor de 10% já é o limite. Além disso, o maior consumo de açúcar associou-se à menor ingestão de alguns nutrientes, como proteína, fibras, zinco, ferro, magnésio, potássio, vitamina B6 e folato", diz a nutricionista Milena Bueno, uma das autoras da pesquisa.
Doce vício - Além de causar cáries, os alimentos açucarados levam facilmente ao ganho de peso -fator agravado porque normalmente esses produtos contêm gorduras. E a obesidade está relacionada a várias doenças. Alguns estudos também sugerem que os doces despertem uma espécie de vício. "A pessoa passa a querer mais", afirma Luciana Bruno, nutricionista da Sociedade Brasileira de Diabetes.
A maior prevalência do consumo exagerado ocorre nos adolescentes. Mas a pesquisa revelou que, em média, 37% dos adultos e idosos abusam do doce. Entre as mulheres adultas, 40% ultrapassam os limites, contra 35% dos homens. Nos idosos, as taxas são 30% e 23%, respectivamente.
Os refrigerantes foram os maiores responsáveis pelo excesso de açúcar consumido por adolescentes e adultos. Nos mais jovens, a bebida responde por 34,2% do açúcar ingerido pelos meninos e 32% do açúcar ingerido pelas meninas. Já os alimentos achocolatados em pó representam 11% do consumo.
Entre os idosos, a principal fonte foi o açúcar de adição. "Provavelmente pelo consumo em cafés e chás", acredita a nutricionista Milena Bueno. Mas itens como bolachas recheadas, bolos prontos, sucos industrializados e cereais matinais também contribuíram.
Amostra representativa - A pesquisa ouviu 793 adolescentes, 689 adultos e 622 idosos. Os voluntários, todos residentes em São Paulo, foram selecionados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e responderam a um questionário detalhado sobre a consumo de alimentos no dia anterior. "É uma amostra que pode ser considerada representativa do município de São Paulo", diz a nutricionista Ana Carolina Colucci, também autora do trabalho.
"Podemos extrapolar os dados para regiões com as mesmas características, ou seja, a população urbana de grandes cidades brasileiras", acrescenta Milena Bueno.
Outras conclusões do estudo revelaram que mulheres consomem mais açúcar do que os homens e que não há diferenças significativas em função do nível socioeconômico.
"Não esperávamos encontrar essa alta prevalência de adolescentes com consumo acima do limite máximo", diz Ana Carolina Colucci.
"Isso é preocupante principalmente se considerarmos que o açúcar de adição não são componentes essenciais à dieta, devendo ser inseridos de maneira restrita tanto em relação à frequência quanto à quantidade em uma alimentação saudável", lembra ela.
Para diminuir a dose diária de açúcar, é possível mudar alguns hábitos, como evitar acrescentar o alimento a sucos e vitaminas e diminuir as colheradas em bebidas como café e chás. "Também vale substituir o açúcar branco pelo demerara ou pelo mascavo, que têm a mesma quantidade de calorias, mas menos aditivos químicos", recomenda a nutricionista Luciana Bruno. (Fonte: Folha Online, jul/2009)
Substância da Ilha de Páscoa pode retardar envelhecimento, diz estudo
Uma substância encontrada no solo da Ilha de Páscoa - a rapamicina - pode ajudar a combater o processo de envelhecimento, segundo uma pesquisa de cientistas americanos publicada na revista especializada Nature.
Quando os cientistas usaram a rapamicina para tratar camundongos idosos, sua expectativa de vida aumentou em até 38%.
A pesquisa aumenta as perspectivas de se conseguir retardar o processo de envelhecimento em idosos.
Mas uma especialista britânica advertiu contra o uso da droga para este fim, já que a rapamicina também afeta o sistema imunológico.
Medicina - A rapamicina foi descoberta pela primeira vez na Ilha de Páscoa, nos anos 70.
Ela já é usada para evitar a rejeição de órgãos transplantados em pacientes e em tubos implantados em pacientes para manter suas artérias coronárias abertas. A substância também está sedo testada como um possível tratamento para câncer.
Os pesquisadores em três centros americanos, no Texas, Michigan e Maine, deram a substância para os camundongos com idade equivalente a 60 anos em humanos.
A rapamicina aumentou a expectativa de vida dos roedores entre 28% e 38%.
Os pesquisadores estimam que, em termos humanos, este aumento poderia ser ainda maior se tanto câncer como doenças cardíacas também fossem evitadas e curadas no processo.
O pesquisador Alan Richardson, do Barshop Institute, disse: "Faço pesquisas sobre envelhecimento há 35 anos, e já houve várias das chamadas intervenções 'anti-envelhecimento' que nunca obtiveram sucesso".
"Nunca pensei que poderíamos encontrar uma pílula anti-envelhecimento para as pessoas durante minha vida, mas a rapamicina parece prometer justamente isso."
"Acreditamos que esta seja a primeira evidência convincente de que o processo de envelhecimento pode ser retardado e a expectativa de vida estendida por uma terapia com drogas começando em uma idade avançada", disse Randy Strong, do Texas Health Science Center.
Restrições calóricas - A rapamicina parece ter um efeito semelhante à uma dieta de redução calórica, que já se mostrou ser eficaz em aumentar a expectativa de vida.
Ela afeta uma proteína das células chamada mTOR, que controla vários processos envolvidos no metabolismo e resposta a situações estressantes.
Os pesquisadores tiveram que encontrar uma maneira de reformular a droga para que ela ficasse estável o suficiente para chegar até o intestino dos camundongos antes de começar a se decompor.
O objetivo original era começar a ministrar a rapamicina para os camundongos aos quatro meses de idade, mas o atraso devido à nova formulação fez com que o tratamento só começasse quando as cobaias já tinham 20 meses de idade.
Os pesquisadores acreditavam que os camundongos já estariam muito velhos para que a droga tivesse algum efeito e se surpreenderam com o resultado.
"Esse estudo claramente identificou um potencial terapêutico para o desenvolvimento de drogas com o objetivo de prevenir doenças ligadas ao envelhecimento e aumentar a expectativa de vida", disse Strong.
"Se a rapamicina ou drogas similares funcionarem como imaginamos, a potencial redução de custo para serviços de saúde é enorme."
'Não tente em casa' - A médica Lynne Cox, especialista em envelhecimento da Universidade de Oxford, descreveu o estudo como "animador".
Segundo ela, "é especialmente interessante que o remédio tenha sido eficiente mesmo quando dado a camundongos idosos, já que seria muito melhor tratar o envelhecimento em pessoas mais velhas do que usar drogas como essas por toda a vida."
Mas, ela acrescentou, "de modo algum ninguém deve pensar em usar este remédio em particular para aumentar sua própria expectativa de vida, já que a rapamicina é imuno-supressora".
"Enquanto que os camundongos de laboratório são protegidos de infecções, isso é simplesmente impossível entre a população humana."
"O que o estudo faz é ressaltar um importante caminho molecular para o qual novas e mais específicas drogas podem ser criadas."
"Se é sensível tentar aumentar a expectativa de vida é outra questão; talvez, aumentar a expectativa de vida saudável, e não de vida, seja um objetivo melhor." (Fonte: Estadão Online, jul/2009)
Quando os cientistas usaram a rapamicina para tratar camundongos idosos, sua expectativa de vida aumentou em até 38%.
A pesquisa aumenta as perspectivas de se conseguir retardar o processo de envelhecimento em idosos.
Mas uma especialista britânica advertiu contra o uso da droga para este fim, já que a rapamicina também afeta o sistema imunológico.
Medicina - A rapamicina foi descoberta pela primeira vez na Ilha de Páscoa, nos anos 70.
Ela já é usada para evitar a rejeição de órgãos transplantados em pacientes e em tubos implantados em pacientes para manter suas artérias coronárias abertas. A substância também está sedo testada como um possível tratamento para câncer.
Os pesquisadores em três centros americanos, no Texas, Michigan e Maine, deram a substância para os camundongos com idade equivalente a 60 anos em humanos.
A rapamicina aumentou a expectativa de vida dos roedores entre 28% e 38%.
Os pesquisadores estimam que, em termos humanos, este aumento poderia ser ainda maior se tanto câncer como doenças cardíacas também fossem evitadas e curadas no processo.
O pesquisador Alan Richardson, do Barshop Institute, disse: "Faço pesquisas sobre envelhecimento há 35 anos, e já houve várias das chamadas intervenções 'anti-envelhecimento' que nunca obtiveram sucesso".
"Nunca pensei que poderíamos encontrar uma pílula anti-envelhecimento para as pessoas durante minha vida, mas a rapamicina parece prometer justamente isso."
"Acreditamos que esta seja a primeira evidência convincente de que o processo de envelhecimento pode ser retardado e a expectativa de vida estendida por uma terapia com drogas começando em uma idade avançada", disse Randy Strong, do Texas Health Science Center.
Restrições calóricas - A rapamicina parece ter um efeito semelhante à uma dieta de redução calórica, que já se mostrou ser eficaz em aumentar a expectativa de vida.
Ela afeta uma proteína das células chamada mTOR, que controla vários processos envolvidos no metabolismo e resposta a situações estressantes.
Os pesquisadores tiveram que encontrar uma maneira de reformular a droga para que ela ficasse estável o suficiente para chegar até o intestino dos camundongos antes de começar a se decompor.
O objetivo original era começar a ministrar a rapamicina para os camundongos aos quatro meses de idade, mas o atraso devido à nova formulação fez com que o tratamento só começasse quando as cobaias já tinham 20 meses de idade.
Os pesquisadores acreditavam que os camundongos já estariam muito velhos para que a droga tivesse algum efeito e se surpreenderam com o resultado.
"Esse estudo claramente identificou um potencial terapêutico para o desenvolvimento de drogas com o objetivo de prevenir doenças ligadas ao envelhecimento e aumentar a expectativa de vida", disse Strong.
"Se a rapamicina ou drogas similares funcionarem como imaginamos, a potencial redução de custo para serviços de saúde é enorme."
'Não tente em casa' - A médica Lynne Cox, especialista em envelhecimento da Universidade de Oxford, descreveu o estudo como "animador".
Segundo ela, "é especialmente interessante que o remédio tenha sido eficiente mesmo quando dado a camundongos idosos, já que seria muito melhor tratar o envelhecimento em pessoas mais velhas do que usar drogas como essas por toda a vida."
Mas, ela acrescentou, "de modo algum ninguém deve pensar em usar este remédio em particular para aumentar sua própria expectativa de vida, já que a rapamicina é imuno-supressora".
"Enquanto que os camundongos de laboratório são protegidos de infecções, isso é simplesmente impossível entre a população humana."
"O que o estudo faz é ressaltar um importante caminho molecular para o qual novas e mais específicas drogas podem ser criadas."
"Se é sensível tentar aumentar a expectativa de vida é outra questão; talvez, aumentar a expectativa de vida saudável, e não de vida, seja um objetivo melhor." (Fonte: Estadão Online, jul/2009)
Cafeína reverte perda de memória em ratos com Alzheimer, aponta estudo
Ratos criados em laboratório e programados para desenvolver sintomas do Mal de Alzheimer na velhice tiveram problemas de memória revertidos depois de ingerir 500 mg de cafeína por dia, segundo um estudo do Alzheimer's Disease Research Center da University of South Florida, nos Estados Unidos.
Uma outra pesquisa, da mesma universidade, revelou que a cafeína diminuiu significativamente níveis anormais da proteína beta-amilóide - associada ao Mal de Alzheimer - tanto no cérebro como no sangue de ratos que apresentavam sintomas da doença.
Os dois trabalhos, publicados na revista científica online Journal of Alzheimer's Disease, deram continuidade a pesquisas anteriores, segundo as quais a ingestão de cafeína no início da fase adulta preveniu problemas de memória em ratos criados para apresentar o Mal de Alzheimer na velhice.
Comentando o estudo, outros especialistas alertaram, no entanto, que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto, e que suplementos de cafeína para idosos não são recomendados.
Resultados promissores - "Os novos resultados oferecem evidências de que a cafeína pode ser usada como um tratamento viável para o Mal de Alzheimer quando já estabelecido, e não simplesmente como uma estratégia de proteção", disse o principal autor do estudo, Gary Arendash.
"Isso é importante porque a cafeína é uma droga segura para a maioria das pessoas, entra com facilidade no cérebro e parece afetar diretamente o processo da doença".
Baseados nos resultados obtidos em ratos, os pesquisadores esperam iniciar pesquisas com humanos para avaliar se a cafeína poderia beneficiar pessoas no estágio inicial da doença.
A equipe já conseguiu estabelecer que a cafeína ingerida por idosos sem sinais de demência rapidamente afeta os níveis da proteína beta-amilóide no seu sangue - da mesma forma como nos ratos com Mal de Alzheimer.
Segundo Huntington Potter, diretor do Alzheimer's Disease Research Center, que participou dos estudos, a redução na quantidade da proteína beta-amilóide está associada a benefícios para a atividade cognitiva.
Experimentos - Quando tinham entre 18 e 19 meses de idade - o que equivale a cerca de 70 anos em humanos - 55 ratos foram submetidos a testes de comportamento para que os pesquisadores confirmassem que tinham de fato problemas de memória.
Depois disso, metade dos ratos teve cerca de 500 mg de cafeína adicionada à água que bebiam diariamente. O restante continuou bebendo água pura.
Segundo os pesquisadores, essa quantidade de cafeína equivale a dois cappuccinos de máquina, 14 copos de chá ou 20 refrigerantes que contêm cafeína (como Coca-Cola, por exemplo).
Após dois meses, os ratos foram testados novamente. Os que ingeriram cafeína tiveram desempenho muito melhor nos testes de memória e habilidade cognitiva. Seus resultados foram tão bons quanto os de ratos da mesma idade sem problemas de memória.
Os que beberam água pura continuaram a ter baixo desempenho nos testes.
Os especialistas constataram que os cérebros dos ratos que ingeriram cafeína apresentaram uma redução de 50% na presença da proteína beta-amilóide, que forma aglutinações no cérebro de pessoas com demência.
De acordo com outros testes, a cafeína afeta a produção de duas enzimas necessárias para a formação da proteína beta-amilóide. A cafeína também estaria associada à supressão de processos inflamatórios que levariam a uma presença mais abundante da proteína.
Em entrevista à BBC, Gary Arendash, o principal autor do estudo, afirmou:
"Esses resultados são particularmente importantes porque reverter problemas de memória pré-existentes é muito mais difícil".
A equipe não sabe se uma quantidade menor de cafeína poderia ser tão efetiva, mas disse que a maioria das pessoas pode consumir com segurança 500 mg diários da substância.
Pessoas com pressão alta e mulheres grávidas, no entanto, devem limitar seu consumo diário de cafeína, dizem os pesquisadores.
Comentando os estudos, a diretora do Alzheimer's Research Trust da Grã-Bretanha, Rebecca Wood, e o diretor da Alzheimer's Society, Neil Hunt, disseram que ainda é cedo para saber se tomar café ou suplementos de cafeína pode ajudar pessoas com o Mal de Alzheimer.
Segundo eles, é preciso esclarecer se a substância teria o mesmo efeito em humanos. (Fonte: Estadão Online, jul/2009)
Uma outra pesquisa, da mesma universidade, revelou que a cafeína diminuiu significativamente níveis anormais da proteína beta-amilóide - associada ao Mal de Alzheimer - tanto no cérebro como no sangue de ratos que apresentavam sintomas da doença.
Os dois trabalhos, publicados na revista científica online Journal of Alzheimer's Disease, deram continuidade a pesquisas anteriores, segundo as quais a ingestão de cafeína no início da fase adulta preveniu problemas de memória em ratos criados para apresentar o Mal de Alzheimer na velhice.
Comentando o estudo, outros especialistas alertaram, no entanto, que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto, e que suplementos de cafeína para idosos não são recomendados.
Resultados promissores - "Os novos resultados oferecem evidências de que a cafeína pode ser usada como um tratamento viável para o Mal de Alzheimer quando já estabelecido, e não simplesmente como uma estratégia de proteção", disse o principal autor do estudo, Gary Arendash.
"Isso é importante porque a cafeína é uma droga segura para a maioria das pessoas, entra com facilidade no cérebro e parece afetar diretamente o processo da doença".
Baseados nos resultados obtidos em ratos, os pesquisadores esperam iniciar pesquisas com humanos para avaliar se a cafeína poderia beneficiar pessoas no estágio inicial da doença.
A equipe já conseguiu estabelecer que a cafeína ingerida por idosos sem sinais de demência rapidamente afeta os níveis da proteína beta-amilóide no seu sangue - da mesma forma como nos ratos com Mal de Alzheimer.
Segundo Huntington Potter, diretor do Alzheimer's Disease Research Center, que participou dos estudos, a redução na quantidade da proteína beta-amilóide está associada a benefícios para a atividade cognitiva.
Experimentos - Quando tinham entre 18 e 19 meses de idade - o que equivale a cerca de 70 anos em humanos - 55 ratos foram submetidos a testes de comportamento para que os pesquisadores confirmassem que tinham de fato problemas de memória.
Depois disso, metade dos ratos teve cerca de 500 mg de cafeína adicionada à água que bebiam diariamente. O restante continuou bebendo água pura.
Segundo os pesquisadores, essa quantidade de cafeína equivale a dois cappuccinos de máquina, 14 copos de chá ou 20 refrigerantes que contêm cafeína (como Coca-Cola, por exemplo).
Após dois meses, os ratos foram testados novamente. Os que ingeriram cafeína tiveram desempenho muito melhor nos testes de memória e habilidade cognitiva. Seus resultados foram tão bons quanto os de ratos da mesma idade sem problemas de memória.
Os que beberam água pura continuaram a ter baixo desempenho nos testes.
Os especialistas constataram que os cérebros dos ratos que ingeriram cafeína apresentaram uma redução de 50% na presença da proteína beta-amilóide, que forma aglutinações no cérebro de pessoas com demência.
De acordo com outros testes, a cafeína afeta a produção de duas enzimas necessárias para a formação da proteína beta-amilóide. A cafeína também estaria associada à supressão de processos inflamatórios que levariam a uma presença mais abundante da proteína.
Em entrevista à BBC, Gary Arendash, o principal autor do estudo, afirmou:
"Esses resultados são particularmente importantes porque reverter problemas de memória pré-existentes é muito mais difícil".
A equipe não sabe se uma quantidade menor de cafeína poderia ser tão efetiva, mas disse que a maioria das pessoas pode consumir com segurança 500 mg diários da substância.
Pessoas com pressão alta e mulheres grávidas, no entanto, devem limitar seu consumo diário de cafeína, dizem os pesquisadores.
Comentando os estudos, a diretora do Alzheimer's Research Trust da Grã-Bretanha, Rebecca Wood, e o diretor da Alzheimer's Society, Neil Hunt, disseram que ainda é cedo para saber se tomar café ou suplementos de cafeína pode ajudar pessoas com o Mal de Alzheimer.
Segundo eles, é preciso esclarecer se a substância teria o mesmo efeito em humanos. (Fonte: Estadão Online, jul/2009)
Dieta de baixa caloria prolonga a vida e a saúde de macacos
Um estudo realizado ao longo de 20 anos determinou que cortar calorias em cerca de 30% reduz o envelhecimento e ajuda a adiar a morte. Em macacos.
Não se trata de uma dieta rápida para perder alguns quilos. Cientistas já sabiam que é possível prolongar a vida de camundongos e de criaturas mais primitivas - moscas, vermes - com cortes profundos e prolongados no que seria o consumo normal de energia.
Agora surge a primeira evidência de que a mesma conduta adia a manifestação das doenças do envelhecimento em primatas, também - macacos reso do Centro de Primatas Nacional de Wisconsin, EUA. Os pesquisadores relatam suas descobertas na edição desta semana da revista Science.
E quanto a um outro animal da família dos primatas, os seres humanos? Ninguém ainda sabe ainda se as pessoas, num mundo de consumo exagerado, seriam capazes de suportar a privação por tempo suficiente para que ela fizesse diferença, muito menos como ela iria afetar nossos corpos, mais complexos. No entanto, há várias tentativas em andamento.
"O que realmente gostaríamos nem é tanto que as pessoas vivessem mais, mas que vivessem com mais saúde", disse o médico David Finkelstein, do Instituto Nacional do Envelhecimento. Os macacos de Wisconsin parecem ter feito as duas coisas.
"O fato de haver menos doenças nesses animais é notável", afirmou Finkelstein.
As possibilidades da restrição calórica datam de estudos com roedores realizados nos anos 30. Mas hoje é um tema quente entre os pesquisadores que buscam entender os diferentes processos que levam o corpo humano a falhar com a idade, de forma que alguns talvez possam ser revertidos.
Macacos reso em cativeiro têm uma expectativa de vida média de 27 anos, e portanto notar o efeito neles demora mais que nos camundongos de vida curta. O estudo mais recente envolve 76 animais - 30 que são acompanhados desde 1989, e 46, desde 1994. Eles eram adultos de tamanho normal e em dieta normal para um macaco em cativeiro, que consiste em uma mistura enriquecida com vitaminas e algumas frutas.
Os cientistas destinaram metade dos macacos para uma dieta de restrição calórica, cortando o consumo diário de calorias em 30%, mas garantindo que não ficassem desnutridos.
Até agora, 37% dos macacos mantidos na dieta normal morreram de doenças ligadas ao envelhecimento. Entre os que receberam menos calorias, a taxa é de 13%. Alguns macacos morreram de outras causas, como ferimentos, que não são tidas como ligadas à nutrição.
A morte não foi a única diferença. Os macacos com poucas calorias tiveram menos da metade da incidência de tumores malignos e de doenças do coração que os demais. Imagens do cérebro mostraram um encolhimento menor causado pela idade. Eles também preservaram mais massa muscular.
O principal pesquisador responsável pelo estudo, Richard Weindruch, da Universidade de Wisconsin, acredita que a mudança de dieta está reprogramando o metabolismo dos animais, de um modo que reduz o envelhecimento.
O governo dos EUA está financiando um estudo em pequena escala para ver se algumas pessoas de peso normal são capazes de conviver com um corte calórico de 25% por dois anos, e se esse corte produzirá indicadores de que os problemas da idade podem estar sendo adiados.
Finkelstein adverte que ninguém deve tentar uma restrição calórica por conta própria: cortar os nutrientes de forma errada pode trazer problemas sérios de saúde. Seu conselho para quem busca longevidade: "Tome cuidado com o que come, mantenha uma mente ativa, faça exercícios e não seja atropelado". (Fonte: Estadão Online, jul/2009)
Não se trata de uma dieta rápida para perder alguns quilos. Cientistas já sabiam que é possível prolongar a vida de camundongos e de criaturas mais primitivas - moscas, vermes - com cortes profundos e prolongados no que seria o consumo normal de energia.
Agora surge a primeira evidência de que a mesma conduta adia a manifestação das doenças do envelhecimento em primatas, também - macacos reso do Centro de Primatas Nacional de Wisconsin, EUA. Os pesquisadores relatam suas descobertas na edição desta semana da revista Science.
E quanto a um outro animal da família dos primatas, os seres humanos? Ninguém ainda sabe ainda se as pessoas, num mundo de consumo exagerado, seriam capazes de suportar a privação por tempo suficiente para que ela fizesse diferença, muito menos como ela iria afetar nossos corpos, mais complexos. No entanto, há várias tentativas em andamento.
"O que realmente gostaríamos nem é tanto que as pessoas vivessem mais, mas que vivessem com mais saúde", disse o médico David Finkelstein, do Instituto Nacional do Envelhecimento. Os macacos de Wisconsin parecem ter feito as duas coisas.
"O fato de haver menos doenças nesses animais é notável", afirmou Finkelstein.
As possibilidades da restrição calórica datam de estudos com roedores realizados nos anos 30. Mas hoje é um tema quente entre os pesquisadores que buscam entender os diferentes processos que levam o corpo humano a falhar com a idade, de forma que alguns talvez possam ser revertidos.
Macacos reso em cativeiro têm uma expectativa de vida média de 27 anos, e portanto notar o efeito neles demora mais que nos camundongos de vida curta. O estudo mais recente envolve 76 animais - 30 que são acompanhados desde 1989, e 46, desde 1994. Eles eram adultos de tamanho normal e em dieta normal para um macaco em cativeiro, que consiste em uma mistura enriquecida com vitaminas e algumas frutas.
Os cientistas destinaram metade dos macacos para uma dieta de restrição calórica, cortando o consumo diário de calorias em 30%, mas garantindo que não ficassem desnutridos.
Até agora, 37% dos macacos mantidos na dieta normal morreram de doenças ligadas ao envelhecimento. Entre os que receberam menos calorias, a taxa é de 13%. Alguns macacos morreram de outras causas, como ferimentos, que não são tidas como ligadas à nutrição.
A morte não foi a única diferença. Os macacos com poucas calorias tiveram menos da metade da incidência de tumores malignos e de doenças do coração que os demais. Imagens do cérebro mostraram um encolhimento menor causado pela idade. Eles também preservaram mais massa muscular.
O principal pesquisador responsável pelo estudo, Richard Weindruch, da Universidade de Wisconsin, acredita que a mudança de dieta está reprogramando o metabolismo dos animais, de um modo que reduz o envelhecimento.
O governo dos EUA está financiando um estudo em pequena escala para ver se algumas pessoas de peso normal são capazes de conviver com um corte calórico de 25% por dois anos, e se esse corte produzirá indicadores de que os problemas da idade podem estar sendo adiados.
Finkelstein adverte que ninguém deve tentar uma restrição calórica por conta própria: cortar os nutrientes de forma errada pode trazer problemas sérios de saúde. Seu conselho para quem busca longevidade: "Tome cuidado com o que come, mantenha uma mente ativa, faça exercícios e não seja atropelado". (Fonte: Estadão Online, jul/2009)
Vegetais mantiveram habitat ao longo de milhões de anos
As espécies do reino vegetal quase não mudaram de habitat ao longo de dezenas de milhões de anos, e o sucesso de sua evolução se cimentou nas mudanças climáticas que estenderam as terras apropriadas para seu crescimento.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Nacional Australiana explica na revista científica britânica "Nature" que as espécies vegetais herdaram seu conservadorismo ecológico desde tempos imemoráveis.
A equipe chegou a essa conclusão após estudar a distribuição atual e ancestral por biomas - partes do planeta que compartilham clima, vegetação e fauna - de 11,064 mil espécies vegetais do hemisfério sul.
Essas espécies, que constituem 15% da flora total do hemisfério sul, são autóctones da África, Madagascar, Austrália, Nova Guiné, Nova Caledônia, Nova Zelândia e América do Sul.
Os especialistas, dirigidos por Michael Crisp, atribuíram as espécies a sete biomas, incluindo o alpino e a savana.
Apesar de os vegetais terem se distribuído rapidamente nos últimos 50 milhões de anos, formando dezenas de milhares de novas espécies, raramente mudaram de habitat.
Ao longo de dezenas de milhões de anos, só 3,6% das espécies vegetais estudadas mudou de bioma: as linhagens raramente colonizam novos habitats.
Os cientistas explicam que este dado se aplica a todas as espécies, dos grupos mais modernos de ervas e legumes às antigas plantas de Gondwana (supercontinente primitivo), como as Cycadophytas.
Assim, indicam os especialistas, o estatismo em função do bioma foi muito superior às mudanças, em uma relação de 25 para 1.
Como os clados - conjuntos de espécies com um ancestral comum - têm uma limitada capacidade herdada de mudar de bioma, seu potencial evolutivo é fortemente determinado pela contração ou expansão do bioma em função das mudanças do clima.
A equipe de pesquisa afirma que essas descobertas contribuem para conhecer os mecanismos de invasão e sobrevivência das espécies vegetais que enfrentam a mudança climática. (Fonte: Yahoo!)
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Nacional Australiana explica na revista científica britânica "Nature" que as espécies vegetais herdaram seu conservadorismo ecológico desde tempos imemoráveis.
A equipe chegou a essa conclusão após estudar a distribuição atual e ancestral por biomas - partes do planeta que compartilham clima, vegetação e fauna - de 11,064 mil espécies vegetais do hemisfério sul.
Essas espécies, que constituem 15% da flora total do hemisfério sul, são autóctones da África, Madagascar, Austrália, Nova Guiné, Nova Caledônia, Nova Zelândia e América do Sul.
Os especialistas, dirigidos por Michael Crisp, atribuíram as espécies a sete biomas, incluindo o alpino e a savana.
Apesar de os vegetais terem se distribuído rapidamente nos últimos 50 milhões de anos, formando dezenas de milhares de novas espécies, raramente mudaram de habitat.
Ao longo de dezenas de milhões de anos, só 3,6% das espécies vegetais estudadas mudou de bioma: as linhagens raramente colonizam novos habitats.
Os cientistas explicam que este dado se aplica a todas as espécies, dos grupos mais modernos de ervas e legumes às antigas plantas de Gondwana (supercontinente primitivo), como as Cycadophytas.
Assim, indicam os especialistas, o estatismo em função do bioma foi muito superior às mudanças, em uma relação de 25 para 1.
Como os clados - conjuntos de espécies com um ancestral comum - têm uma limitada capacidade herdada de mudar de bioma, seu potencial evolutivo é fortemente determinado pela contração ou expansão do bioma em função das mudanças do clima.
A equipe de pesquisa afirma que essas descobertas contribuem para conhecer os mecanismos de invasão e sobrevivência das espécies vegetais que enfrentam a mudança climática. (Fonte: Yahoo!)
Flor cria 'aeroporto' para abelhas em suas pétalas, revela estudo
Não é segredo para ninguém que abelhas e flores foram feitas umas para as outras, mas uma nova pesquisa mostra que as plantas se desdobram até para ajudar os insetos a pousar em segurança. O "aeroporto" em questão é formado por células cônicas nas pétalas das flores, que ajudam as patas das abelhas a ganhar um apoio mais firme dependendo da maneira como o pouso acontece.
"As garras no último segmento da pata das abelhas têm uma escala parecida com a desses cones e, dessa forma, conseguem se prender a eles", explicou ao G1 a pesquisadora Beverley J. Glover, do Departamento de Ciências Botânicas da Universidade de Cambridge. "Eu imagino que seja como os apoios numa parede de alpinismo esportivo. Não importa se eles são do mesmo tamanho que a sua mão, podem ser até menores, mas você ainda consegue escalar com mais facilidade se eles estão lá", diz Glover, uma das autoras de um estudo sobre o tema na revista científica "Current Biology".
Com a pesquisa, acabou o mistério sobre as células cônicas, que estão presentes nas pétalas de cerca de 80% das flores. Como as plantas já usam todo tipo de atrativo para trazer as abelhas até si, como cores brilhantes, odor agradável e néctar, fazia sentido que o detalhe também fosse uma adaptação para ajudar os insetos. (A relação de ajuda mútua envolve o transporte de pólen pela abelha, facilitando a reprodução da planta, e a captação do doce néctar, matéria-prima do mel.)
Modelagem - Mas que diferença exatamente os cones estavam fazendo? Para checar isso, os pesquisadores organizaram uma série de testes bastante criativos, usando flores normais de Antirrhinum (conhecida como boca-de-leão) e mutantes dessa planta que não possuem as células cônicas. Como outros detalhes, como cor e cheiro, poderiam influenciar a investigação, eles criaram flores falsas com a ajuda de moldes das flores originais, explica Glover.
"É um processo muito simples. Nós apertamos a pétala num pedaço de molde dentário, para produzir um negativo dela. Desgrudamos a pétala, derramamos epóxi sobre a molde dentário e o retiramos depois de secar. Assim, temos uma réplica positiva perfeita da pétala. Quando testamos sua aparência no microscópio, a resolução é excelente", afirma ela.
As flores artificiais têm como único fator distintivo a diferença entre os tipos de célula (cônica ou lisa), que as abelhas conseguem diferenciar pelo tato. Em princípio, na verdade, parecia que os insetos não estavam nem aí com a diferença, mas bastou mudar a orientação das flores, fazendo com que se tornasse difícil de pousar nas pétalas, para que 75% das abelhas preferissem a versão cônica. Também era mais fácil para elas captar a solução açucarada colocada lá pelos pesquisadores quando a flor em questão possuía células cônicas.
O mais provável é que, ao longo da evolução, as plantas que produziam essa adaptação em suas flores tenham sido favorecidas ao facilitar a vida de suas abelhas polinizadoras. Glover diz que é difícil saber exatamente quando essa adaptação surgiu. "As flores não se fossilizam bem, e essas células estão cheias de água, então provavelmente elas desabariam e ficariam irreconhecíveis num fóssil, de qualquer maneira. Entretanto, como a maioria das plantas com flores as possuem, inclusive algumas das famílias mais basais (primitivas), suspeitamos que elas tenham evoluído bem cedo na histórida dessas plantas", avalia ela. (Fonte: Reinaldo José Lopes/ G1)
"As garras no último segmento da pata das abelhas têm uma escala parecida com a desses cones e, dessa forma, conseguem se prender a eles", explicou ao G1 a pesquisadora Beverley J. Glover, do Departamento de Ciências Botânicas da Universidade de Cambridge. "Eu imagino que seja como os apoios numa parede de alpinismo esportivo. Não importa se eles são do mesmo tamanho que a sua mão, podem ser até menores, mas você ainda consegue escalar com mais facilidade se eles estão lá", diz Glover, uma das autoras de um estudo sobre o tema na revista científica "Current Biology".
Com a pesquisa, acabou o mistério sobre as células cônicas, que estão presentes nas pétalas de cerca de 80% das flores. Como as plantas já usam todo tipo de atrativo para trazer as abelhas até si, como cores brilhantes, odor agradável e néctar, fazia sentido que o detalhe também fosse uma adaptação para ajudar os insetos. (A relação de ajuda mútua envolve o transporte de pólen pela abelha, facilitando a reprodução da planta, e a captação do doce néctar, matéria-prima do mel.)
Modelagem - Mas que diferença exatamente os cones estavam fazendo? Para checar isso, os pesquisadores organizaram uma série de testes bastante criativos, usando flores normais de Antirrhinum (conhecida como boca-de-leão) e mutantes dessa planta que não possuem as células cônicas. Como outros detalhes, como cor e cheiro, poderiam influenciar a investigação, eles criaram flores falsas com a ajuda de moldes das flores originais, explica Glover.
"É um processo muito simples. Nós apertamos a pétala num pedaço de molde dentário, para produzir um negativo dela. Desgrudamos a pétala, derramamos epóxi sobre a molde dentário e o retiramos depois de secar. Assim, temos uma réplica positiva perfeita da pétala. Quando testamos sua aparência no microscópio, a resolução é excelente", afirma ela.
As flores artificiais têm como único fator distintivo a diferença entre os tipos de célula (cônica ou lisa), que as abelhas conseguem diferenciar pelo tato. Em princípio, na verdade, parecia que os insetos não estavam nem aí com a diferença, mas bastou mudar a orientação das flores, fazendo com que se tornasse difícil de pousar nas pétalas, para que 75% das abelhas preferissem a versão cônica. Também era mais fácil para elas captar a solução açucarada colocada lá pelos pesquisadores quando a flor em questão possuía células cônicas.
O mais provável é que, ao longo da evolução, as plantas que produziam essa adaptação em suas flores tenham sido favorecidas ao facilitar a vida de suas abelhas polinizadoras. Glover diz que é difícil saber exatamente quando essa adaptação surgiu. "As flores não se fossilizam bem, e essas células estão cheias de água, então provavelmente elas desabariam e ficariam irreconhecíveis num fóssil, de qualquer maneira. Entretanto, como a maioria das plantas com flores as possuem, inclusive algumas das famílias mais basais (primitivas), suspeitamos que elas tenham evoluído bem cedo na histórida dessas plantas", avalia ela. (Fonte: Reinaldo José Lopes/ G1)
Semente de árvore usa táticas de aviação para se propagar
Uma bolota pode não cair do carvalho, mas o mesmo não pode ser dito da semente de bordo, com seu distinto formato de asa. Conforme ela cai, a ponta mais pesada da asa faz com que ela dê voltas no ar, desacelerando sua descida e permitindo que o vento carregue a semente, algumas vezes a até dois quilômetros de distância.
Estudos mostraram que a rotação da semente, chamada de autorrotação, gera uma elevação adicional, mas o motivo disso nunca havia sido explicado. Foi necessário um engenheiro aeroespacial, David Lentink, da Universidade Wagenigen, na Holanda, para desvendar o mistério.
Lentink, em parceria com Michael H. Dickinson, do MIT (Instituto de Tecnologia da Califórnia), e colegas, relata na revista "Science" que as asas geram um vórtice de ponta de ataque – um túnel horizontal de ar ao longo da asa – durante a descida. Esse vórtice é estável, segundo Lentink, porque possui um núcleo de baixa pressão capaz de reduzir a pressão do ar sobre a asa, fazendo com que ela seja sugada para cima. “Isso realmente aumenta a elevação", disse.
Suspeita - Lentink suspeitava que a semente pudesse gerar esses vórtices; muitas asas funcionam dessa forma, dadas as condições corretas. Para provar a hipótese, ele e seus colegas criaram um modelo, uma asa giratória robótica em óleo mineral. O modelo era dinamicamente dimensionado, significando que ele representava a aerodinâmica de uma verdadeira semente no ar.
Entretanto, Lentink percebeu que um modelo não seria o suficiente. “Biólogos se preocupam com os pequenos detalhes”, disse. “Eu tinha de me certificar que as sementes de verdade produziam esses vórtices." Usando um túnel de vento vertical repleto de fumaça, e ajustando com precisão a velocidade do vento, ele conseguiu fotografar a formação de vórtices em sementes de bordo reais, girando no mesmo lugar. Foi um trabalho meticuloso.
Entender como as sementes de bordo criam elevação adicional pode ser útil em projetos de naves giratórias, motorizadas ou não, que poderiam carregar sensores, câmeras ou outros dispositivos pelo ar. “Se você quiser fazer helicópteros em miniatura”, disse Lentink, “seria perfeito utilizar esses vórtices." (Fonte: G1, jun/2009)
Estudos mostraram que a rotação da semente, chamada de autorrotação, gera uma elevação adicional, mas o motivo disso nunca havia sido explicado. Foi necessário um engenheiro aeroespacial, David Lentink, da Universidade Wagenigen, na Holanda, para desvendar o mistério.
Lentink, em parceria com Michael H. Dickinson, do MIT (Instituto de Tecnologia da Califórnia), e colegas, relata na revista "Science" que as asas geram um vórtice de ponta de ataque – um túnel horizontal de ar ao longo da asa – durante a descida. Esse vórtice é estável, segundo Lentink, porque possui um núcleo de baixa pressão capaz de reduzir a pressão do ar sobre a asa, fazendo com que ela seja sugada para cima. “Isso realmente aumenta a elevação", disse.
Suspeita - Lentink suspeitava que a semente pudesse gerar esses vórtices; muitas asas funcionam dessa forma, dadas as condições corretas. Para provar a hipótese, ele e seus colegas criaram um modelo, uma asa giratória robótica em óleo mineral. O modelo era dinamicamente dimensionado, significando que ele representava a aerodinâmica de uma verdadeira semente no ar.
Entretanto, Lentink percebeu que um modelo não seria o suficiente. “Biólogos se preocupam com os pequenos detalhes”, disse. “Eu tinha de me certificar que as sementes de verdade produziam esses vórtices." Usando um túnel de vento vertical repleto de fumaça, e ajustando com precisão a velocidade do vento, ele conseguiu fotografar a formação de vórtices em sementes de bordo reais, girando no mesmo lugar. Foi um trabalho meticuloso.
Entender como as sementes de bordo criam elevação adicional pode ser útil em projetos de naves giratórias, motorizadas ou não, que poderiam carregar sensores, câmeras ou outros dispositivos pelo ar. “Se você quiser fazer helicópteros em miniatura”, disse Lentink, “seria perfeito utilizar esses vórtices." (Fonte: G1, jun/2009)
Cientistas desvendam segredo de planta que vive no deserto
Cientistas israelenses descobriram como uma planta que floresce no deserto e que utiliza suas grandes folhas verdes para irrigar-se a si mesma e sobreviver melhor que suas congêneres de regiões desérticas.
A planta, conhecida localmente como ruibarbo do deserto, da família Rheum palaestinum, é comum nos desertos de Israel e da Jordânia, e tem a peculiaridade de, com as folhas, captar a água da chuva e conduzi-la às raízes.
De acordo com os cientistas s Simja Lev-Yadon, Gidi Neemán e Gadi Katzir, da Universidade de Haifa, esse tipo de ruibarbo pode absorver 16 vezes mais água que outras plantas de deserto.
"Trata-se do primeiro caso, no mundo, de uma planta que irriga a si mesma. Não conhecemos outra que atue da mesma maneira", disse o botânico Gidi Neeman.
Segundo comunicado emitido pela universidade, o grande tamanho das folhas da planta chamaram, há anos, a atenção dos três cientistas. Nos desertos, é comum que as plantas tenham folhas pequenas ou reduzidas a espinhos, para evitar a perda de água por evaporação das grandes superfícies.
O ruibarbo cresce em Israel nas montanhas do deserto do Negev, onde as chuvas são particularmente fracas, de 75 milímetros anuais.
As folhas do ruibarbo podem chegar a um metro, de forma a recolher a água das chuvas escassas. Nesse mecanismo de autoirrigação tem papel primordial uma cutícula de cera impermeável que faz a água fluir até a raiz principal.
A pesquisa revelou também uma estrutura excepcional de canaletas nas folhas, que lembra a topografia de uma cordilheira.
Os cientistas dizem que esses sulcos funcionam como um sistema de canalização de água.
Experimentos realizados pelos pesquisadores indicam que, diferentemente das demais plantas do deserto, que dependem apenas da chuva que cai no solo perto de suas raízes e, com isso, captam cerca de 4 litros de água, o ruibarbo do deserto pode captar mais de 43. (Fonte: Estadão Online, 01/07/2009)
A planta, conhecida localmente como ruibarbo do deserto, da família Rheum palaestinum, é comum nos desertos de Israel e da Jordânia, e tem a peculiaridade de, com as folhas, captar a água da chuva e conduzi-la às raízes.
De acordo com os cientistas s Simja Lev-Yadon, Gidi Neemán e Gadi Katzir, da Universidade de Haifa, esse tipo de ruibarbo pode absorver 16 vezes mais água que outras plantas de deserto.
"Trata-se do primeiro caso, no mundo, de uma planta que irriga a si mesma. Não conhecemos outra que atue da mesma maneira", disse o botânico Gidi Neeman.
Segundo comunicado emitido pela universidade, o grande tamanho das folhas da planta chamaram, há anos, a atenção dos três cientistas. Nos desertos, é comum que as plantas tenham folhas pequenas ou reduzidas a espinhos, para evitar a perda de água por evaporação das grandes superfícies.
O ruibarbo cresce em Israel nas montanhas do deserto do Negev, onde as chuvas são particularmente fracas, de 75 milímetros anuais.
As folhas do ruibarbo podem chegar a um metro, de forma a recolher a água das chuvas escassas. Nesse mecanismo de autoirrigação tem papel primordial uma cutícula de cera impermeável que faz a água fluir até a raiz principal.
A pesquisa revelou também uma estrutura excepcional de canaletas nas folhas, que lembra a topografia de uma cordilheira.
Os cientistas dizem que esses sulcos funcionam como um sistema de canalização de água.
Experimentos realizados pelos pesquisadores indicam que, diferentemente das demais plantas do deserto, que dependem apenas da chuva que cai no solo perto de suas raízes e, com isso, captam cerca de 4 litros de água, o ruibarbo do deserto pode captar mais de 43. (Fonte: Estadão Online, 01/07/2009)
Estudo aponta que até 4.550 espécies de plantas podem se extinguir na Amazônia
Pesquisadores da Wake Forest University, nos EUA, fizeram simulações com mais de 40 mil das 50 mil espécies de plantas da Amazônia e chegaram à conclusão de que até 4.550 delas podem desaparecer até 2050 devido ao uso do solo da região para agricultura e pecuária.
Os pesquisadores Miles Silman e Kenneth Feeley estimaram taxas de perda do habitat natural na região (veja o mapa com a estimativa mais otimista feita pelos cinetistas, que simula uma situação de "governança," em que seriam tomadas medidas para conter a destruição do bioma) e, a partir disso, calcularam quantas espécies vegetais devem desaparecer. No cenário mais otimista considerado por eles, 2.400 espécies estariam condenadas até 2050.
Apesar de prever milhares de extinções, os modelos calculados pelos pesquisadores, caso se mostrem corretos, podem ser considerados positivos do ponto de vista da conservação ambiental, pois outros estudos semelhantes costumam prever números muito mais graves.
Os autores acreditam que isso acontece porque estes outros estudos consideravam que todas as espécies estavam distribuídas uniformemente pelo território. Feeley e Silman calcularam seus modelos levando em conta que a Amazônia Ocidental e as áreas próximas à calha do Rio Amazonas têm maior biodiversidade.
Segundo o artigo, a ser publicado na edição de julho da revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), uma das principais novidades do estudo é a conclusão de que a extinção ou não de uma espécie de planta na Amazônia não tem tanto a ver com a vastidão do território pelo qual se espalha, mas com a localização de seu habitat.
Esse tipo de simulação, afirma o artigo, é importante porque aponta os riscos que os diferentes usos do solo representam para as diferentes espécies em cada parte da Amazônia.
As 40 mil plantas vasculares (aquelas consideradas “superiores”, com tecidos especializados para o transporte de água e seiva) incluídas no estudo representam cerca de 80% da diversidade que se estima haver na Amazônia. (Fonte: Globo Amazônia, 10/07/2009)
Os pesquisadores Miles Silman e Kenneth Feeley estimaram taxas de perda do habitat natural na região (veja o mapa com a estimativa mais otimista feita pelos cinetistas, que simula uma situação de "governança," em que seriam tomadas medidas para conter a destruição do bioma) e, a partir disso, calcularam quantas espécies vegetais devem desaparecer. No cenário mais otimista considerado por eles, 2.400 espécies estariam condenadas até 2050.
Apesar de prever milhares de extinções, os modelos calculados pelos pesquisadores, caso se mostrem corretos, podem ser considerados positivos do ponto de vista da conservação ambiental, pois outros estudos semelhantes costumam prever números muito mais graves.
Os autores acreditam que isso acontece porque estes outros estudos consideravam que todas as espécies estavam distribuídas uniformemente pelo território. Feeley e Silman calcularam seus modelos levando em conta que a Amazônia Ocidental e as áreas próximas à calha do Rio Amazonas têm maior biodiversidade.
Segundo o artigo, a ser publicado na edição de julho da revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), uma das principais novidades do estudo é a conclusão de que a extinção ou não de uma espécie de planta na Amazônia não tem tanto a ver com a vastidão do território pelo qual se espalha, mas com a localização de seu habitat.
Esse tipo de simulação, afirma o artigo, é importante porque aponta os riscos que os diferentes usos do solo representam para as diferentes espécies em cada parte da Amazônia.
As 40 mil plantas vasculares (aquelas consideradas “superiores”, com tecidos especializados para o transporte de água e seiva) incluídas no estudo representam cerca de 80% da diversidade que se estima haver na Amazônia. (Fonte: Globo Amazônia, 10/07/2009)
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