terça-feira, 21 de julho de 2009

Influenza A (H1N1)

A Influenza A (H1N1) mata?
Assim como qualquer outra gripe, pode matar. A letalidade média das gripes sazonais é de 0,5%, enquanto outras, mais virulentas, como a gripe aviária tem a letalidade de 50%.

O que é a Influenza A (H1N1)?
É uma infecção viral aguda do sistema respiratório, causada pelo vírus A H1N1, que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. O quadro clássico tem inicio abrupto com febre, mialgia (dores musculares e articulações) e tosse seca.
O vírus influenza A, é altamente transmissível e mutável.
O vírus influenza tipo “A” é encontrado em várias espécies animais, sendo as aves aquáticas silvestres seu principal reservatório. O tipo “A” é o responsável pelas pandemias periódicas de influenza, a partir de aves e suínos, e posterior adaptação para transmissão interhumana.
A Influenza ou Gripe A, causada pelo vírus A H1N1 foi originalmente batizada de gripe suína, mas pela possibilidade desse nome gerar confusão entre a população que poderia acreditar que a doença pode ser adquirida pelo consumo de carne de porco – o que é incorreto – abalando o mercado de suinocultura, a doença foi rebatizada.

OMS, ANVISA, Ministério da Saúde e Boletim Epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde do Paraná.


Como a Influenza A (H1N1) é tratada?
Para o tratamento de infecção humana pelo vírus da Influenza A(H1N1), está indicado o uso do medicamento Oseltamivir somente para os casos que se enquadrarem nas definições de caso suspeito, provável ou confirmado e que tenham idade igual ou superior a 1 ano.

Como a Influenza A (H1N1) pode ser transmitida?
A Influenza A (H1N1), diferentemente da gripe aviária, que era transmitida de animais para seres humanos, se propaga de pessoa para pessoa.
Eventualmente também pode ocorrer transmissão pelo ar, pela inalação de pequenas partículas residuais dessecadas, que podem ser levadas a distâncias maiores.
A influenza tem altas taxas de ataque, disseminando-se rapidamente na comunidade e em ambientes fechados.
O período de incubação varia entre um a sete dias com um período de transmissibilidade de dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas.

OMS, ANVISA, e Ministério da Saúde.


Como se caracterizam os casos suspeitos da Influenza A (H1N1)?
São considerados casos suspeitos, qualquer caso que o paciente apresente febre alta de maneira repentina (>38º C) com tosse, podendo estar acompanhado de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares, nas articulações e dificuldades respiratórias, além de se encaixar em pelo menos uma das duas situações descritas abaixo:

Ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de área afetada pela influenza A (H1N1).

Ter tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza A (H1N1).
Observação: é entendido como contato próximo o indivíduo que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluídos corporais do caso suspeito.

OMS, ANVISA e Ministério da Saúde.


Consumir carne de porco pode transmitir a doença?
Não, o vírus não consegue sobreviver a uma temperatura superior a 70 graus. Então a carne suína bem cozida, frita ou assada não traz nenhum risco de contaminação.

Devo utilizar máscara?
A OMS afirma que as pessoas que não contraíram o vírus, não têm necessidade de usar a máscara.Já aqueles que estão cuidando de uma pessoa doente, podem utilizar a máscara quando em contato com a pessoa, e descartá-la logo em seguida, não esquecendo de então higienizar as mãos.
Os portadores da doença que precisam viajar ou sair em público, devem cobrir boca e nariz.
Usar a mascara corretamente em todas as situações é essencial. Porém, o uso incorreto pode aumentar as chances da propagação do vírus.

OMS (Organização Mundial da Saúde).


Já existe a vacina para Influenza A (H1N1)?
Por ser um vírus novo, ainda não há uma vacina disponível para a doença. Também não há comprovação que a imunização contra a gripe tradicional seja eficaz para diminuir os problemas ocasionados pelo novo tipo de gripe.
Porém, o desenvolvimento de uma vacina específica já está em andamento no mundo inteiro.
O cientista americano Suresh Mittal, envolvido na pesquisa da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, em conjunto com cientistas do Centro para o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), espera que dentro de meses se possa ter a vacina pronta.
No Brasil a ANVISA aprovou a resolução que permite que laboratórios brasileiros possam produzir vacinas contra o vírus H1N1, responsável pela Influenza A, de forma mais rápida.

OMS, ANVISA, EFE e Ministério da Saúde.


O Brasil tem estoque de medicamento para tratamento de pacientes portadores da Influenza A (H1N1)?
Sim. O Ministério da Saúde conta com estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A (H1N1).

O que é uma pandemia e o que significa o nível de alerta 5 da OMS (o qual nos encontramos)?
Uma pandemia pode ocorrer quando surge um novo agente como, por exemplo um vírus, contra o qual a população não está imunizada – não há vacina pronta, nem o corpo das pessoas conhece o vírus. Assim, muitos são atingidos, resultando em uma epidemia que se espalha em diversos países. Fatores como o incremento do fluxo de pessoas entre países, a urbanização e o crescimento populacional contribuem para acelerar esse processo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide seus países membros em seis regiões: África, Américas, Sudeste Asiático, Europa, Mediterrâneo Oriental e Pacífico Ocidental. Além disso, possui fases de alerta para pandemia, em uma escala de 1 a 6.
O alerta 5 da OMS, fase em que nos encontramos no momento, é quando o há transmissão sustentada do vírus, de homem para homem, em pelo menos dois países de uma mesma região.
O organismo internacional eleva o nível de alerta para a fase 6 quando há uma transmissão sustentada do vírus, de homem para homem, em pelo menos duas dessas regiões.

OMS,e Ministério da Saúde.


O que o Governo Está Fazendo?

Governo adequou as medidas do Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza (PBPPI), à ESPII de Influenza A(H1N1). Estas medidas visam reduzir o risco de adquirir ou transmitir o novo subtipo de vírus da Influenza A(H1N1), nos serviços de saúde e na comunidade. E podem ser conferidas no link http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/influenza_a_h1n1_protocolo_tratamento.pdf
Os postos da ANVISA nos portos e aeroportos estão monitorando os passageiros que chegam dos países com casos da doença.
Todas as aeronaves que operam vôos internacionais devem fazer o seguinte aviso sonoro (pelo chefe de comissários) a bordo, em português e inglês ou espanhol: “Caso você apresente febre alta repentina (maior que 38º) e tosse, acompanhadas ou não de dores de cabeça, musculares, nas articulações e dificuldade respiratória, identifique-se à tripulação desta aeronave, para encaminhamento junto às autoridades sanitárias do Brasil. Preencha corretamente todos os campos da Declaração de Bagagem Acompanhada. Por meio dela é que as autoridades sanitárias do Brasil irão entrar em contato no caso de necessidade de medidas adicionais para proteção de sua saúde.”
Considerando ainda o número de escalas e conexões das aeronaves, o aviso sonoro foi ampliado para os vôos domésticos: "Caso você venha de vôos internacionais e apresente febre alta repentina (maior que 38ºC) e tosse, acompanhadas ou não de dores de cabeça, musculares, nas articulações e dificuldade respiratória, identifique-se a tripulação desta aeronave, para encaminhamentos junto as autoridades sanitárias do Brasil."
O trabalho das equipes da Anvisa é feito da seguinte maneira:

1- No desembarque:
a. Quando há caso suspeito a bordo: a aeronave é orientada a se dirigir à área remota do aeroporto, depois do pouso. Chegando lá, já estão posicionadas as equipes da Anvisa e da Infraero com os seguintes equipamentos de proteção individual (EPI): máscara (padrão N95 ou PFF2), óculos de proteção, luvas de procedimento e avental. O passageiro suspeito e os contactantes (que estão no entorno dele) recebem máscara cirúrgica imediatamente.

É preenchido o Termo de Controle Sanitário do Viajante (TCSV) do viajante suspeito e dos contatos próximos, que é enviado por e-mail às autoridades sanitárias. As Declarações de Bagagem Acompanhada (DBAs) de todos os viajantes desse vôo são retidas pela Anvisa, para que se proceda o monitoramento dessas pessoas. O passageiro suspeito vai para a ambulância, onde será examinado e encaminhado ao hospital (caso os médicos, em conjunto com a Agência, enquadrem o viajante como caso suspeito) ou será liberado, se a hipótese de contaminação for afastada.

b. Quando não há caso suspeito a bordo: a equipe da Anvisa se dirige até a porta da aeronave utilizando máscara cirúrgica e confirma se o speach sonoro foi feito. Se nenhum passageiro se identificar como caso suspeito, começa o desembarque. A equipe da Anvisa ocupa o finger e cada passageiro que passa pelos agentes recebe o folder contendo orientações sobre a Influenza A.

2- No embarque:
a. Informação e orientação nos postos da Anvisa e também por meio de avisos sonoros em 3 línguas (português, inglês e espanhol) de 15 em 15 minutos em todos os ambientes do aeroporto. Alertas visuais também podem ser vistos nos monitores e telões da Infraero. Os panfletos estão sendo distribuídos nos check-ins e nos balcões de informação da Infraero e nas agências de turismo, entre outros locais do aeroporto.

ANVISA, e Ministério da Saúde.


Os casos suspeitos devem ser isolados?
Na atual fase a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, o Ministério da Saúde recomenda que o isolamento dos casos suspeitos, prováveis e confirmado de infecção por Influenza A(H1N1) deve ser realizado somente nos hospitais de referência designados pelas Secretarias Estaduais de Saúde e disponível no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br).
Segundo a OMS, o isolamento no ambiente hospitalar deve ser realizado em um quarto privativo com vedação na porta e boa ventilação.
O isolamento deve ser mantido até que seja descartado o diagnóstico de Influenza A(H1N1) ou até o 10º dia após a data de início dos sintomas, caracterizando o fim do período de transmissibilidade.
O quarto/unidade de isolamento deve ter a entrada sinalizada com alerta referindo isolamento de Influenza A(H1N1), o acesso deve ser restrito aos profissionais envolvidos na assistência do mesmo.

OMS, ANVISA e Ministério da Saúde.


Quais são as medidas de Controle e Prevenção da Influenza A (H1N1)?
As medidas de controle devem ser adotadas, baseadas em intervenções não farmacológicas, para reduzir o risco de adquirir ou transmitir a influenza A(H1N1), como:

• Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz, e após tossir, espirrar ou usar o banheiro
• Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
• Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
• Evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas;
• Evitar aglomerações e ambientes fechados
• Manter os ambientes ventilados;
• Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.

OMS, ANVISA e Ministério da Saúde.


Qual o motivo da doença estar sendo repassada e preocupar tanto?
A gripe está sendo causada por uma variação do vírus A H1N1. Por este motivo, não há carga imunológica de proteção, como ocorre na maioria das doenças. Portanto, ela tem maior transmissibilidade já que o organismo não reconhece prontamente o vírus o que impede o sistema de defesas do corpo de agir contra a gripe.

OMS, ANVISA, e Ministério da Saúde.


Que medidas devem ser tomadas em caso de viagem à um dos países afetados?
O ministério da saúde recomenda que os viajantes que se destinem a qualquer um dos países afetados• Em relação ao uso de máscaras cirúrgicas descartáveis, durante a permanência nos países afetados, seguir rigorosamente as recomendações das autoridades sanitárias locais.
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente, descartável.
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente, depois de tossir ou espirrar.
• Evitar locais com aglomeração de pessoas.
• Evitar o contato direto com pessoas doentes.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
• Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.
• Não usar medicamentos sem orientação médica.

Os viajantes procedentes dos países afetados, com qualquer um dos sintomas, devem procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

OMS, ANVISA e Ministério da Saúde.


(Ambiente Brasil, 2009)

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