segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cogumelo que emite luz é encontrado no Brasil após 170 anos

Pesquisadores encontraram no Piauí um cogumelo que emite luz e que tinha sido avistado pela última vez há quase 170 anos. A pesquisa do grupo de cientistas da USP e das universidades americanas de San Francisco e de Hilo, no Havaí, será publicada na revista científica Mycologia.

O Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil e um dos maiores do mundo. "Já tinha encontrado alguns cogumelos que emitem luz no Brasil, mas menores, alguns do tamanho de um fio de cabelo", disse à BBC Brasil o professor Cassius Vinicius Stevani, do Instituto de Química da USP. "Este foi o maior, um grupo deles emite quantidade considerável de luz", afirmou.

"Flor de coco"

Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins. Chamado pelos locais de "flor de coco", o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.

"Fiquei sabendo que existiam ainda fungos assim por volta de 2001. Nos anos seguintes, me chegavam relatos de Tocantins e Goiás de um cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz", diz Stevani. "Mas fotografia mesmo vi só em 2005, uma tirada no Piauí", afirma ele, que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo. "As buscas acontecem em noites escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas", explica.

Curiosamente, o cogumelo ainda é conhecido popularmente em várias partes do país como "flor de coco". Existem 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas estão presentes no Brasil . A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz, nem a razão disso.

Uma das teses consideradas é a de que a luz é emitida para atrair insetos noturnos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução. Outra diz que a luz atrai insetos predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.

Flor de coco'

Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins. Chamado pelos locais de "flor de coco", o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.
(Fonte: BBC Brasil, julho/2011)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Duas novas espécies de peixes são descobertas no Oceano Índico

Duas novas espécies de peixes da família Pseudanthias foram descobertas por pesquisadores nas proximidades de Maldivas e Maurícia, países insulares localizados no Oceano Índico.

A informação foi publicada nesta segunda-feira (4) no site da revista inglesa Practical Fishkeeping, especializada em vida marinha. A primeira espécie descoberta foi o Pseudanthias bimarginatus, nas Maldivas.

A segunda foi chamada de Pseudanthias unimarginatus e vem da Ilha Maurícia.

De acordo com a publicação, os peixes vivem em recifes de corais, onde se protegem de predadores, e se alimentam de zooplâncton.

Até agora, 65 espécies foram descritas, sendo que 49 foram validadas pelos cientistas. (Fonte: Globo Natureza, jul. 2011)

Pata de sapo pode ajudar a desenvolver novo tipo de ‘band-aid’




Sapos que vivem em árvores possuem patas grudentas que os ajudam a se manterem presos aos galhos. Apesar disso, seus pés nunca estão sujos, graças a um muco que, embora melequento, também é autolimpante. Por isso, cientistas estão estudando esses animais para desenvolver uma nova forma de curativo para machucados.

O segredo, segundo os pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, não é apenas o muco, mas também o desenho da sola dos pés desses animais. Para gerar a substância, os sapos precisam friccionar o pé. E pequenas estruturas em formato hexagonal permitem exatamente isso: partes da pata se mantêm em contato com a superfície, mantendo a produção de muco adesivo constante.

A pesquisa foi apresentada durante a Conferência Anual da Sociedade de Biologia Experimental, em Glasgow. (Fonte: G1, julho 2011)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Projeto pretende descobrir genoma de 5 mil espécies de insetos




O genoma de 5 mil insetos e outros tipos de artrópodes será descoberto e estudado por um grupo de cientistas nos próximos cinco anos. Conhecida como Projeto Genoma de Insetos 5000 (i5k), a iniciativa foi lançada em 2011 para que entomologistas possam conhecer mais sobre a biologia desses animais e como controlá-los quando causam ameaças à saúde, aos alimentos e à economia.

O projeto foi detalhado em entrevista de quatro dos membros publicada na última edição da revista “American Entomologist”. Lançado em março, após uma carta assinada por dez membros – a maioria norte-americanos – à revista “Science”, o i5k agora busca colaboradores de todo o mundo para indicações sobre qual inseto deve ser sequenciado.

Os interessados poderão se cadastrar no site http://arthropodgenomes.org/wiki/i5K para participar do projeto. Um dos focos do grupo está na reunião de dados que permitam estudar melhor a resistência dos invertebrados a inseticidas.

Como o sequenciamento genômico fica mais barato com o passar dos anos, os organizadores esperam que o conhecimento sobre os genes dos 5 mil artrópodes possa resultar na melhora das técnicas de controle de pragas ou mesmo na preservação de espécies menos resistentes como as abelhas. (Fonte: G1, junho 2011)

Reclamações sobre superpopulação de pombos dobram em quatro anos no Rio



O número de reclamações feitas pela população sobre a presença massiva e indesejável de pombos dobrou nos últimos quatro anos no Rio de Janeiro. De acordo com dados do Centro de Controle de Zoonoses da capital fluminense, atualmente são registradas cerca de 80 a 100 ocorrências por mês. Em 2007, essa média era 40 registros.

Paulo Roberto da Silva, responsável pela limpeza do terraço de um prédio no centro da cidade, convive com a situação diariamente e relata que o local é usado como moradia pelos pombos. “Tenho que limpar todos os dias e o cheiro é horrível. Às vezes têm muitas fezes e quando bate sol o cheiro fica insuportável. Tem até ninhos!”

Os ninhos e as fezes representam os maiores riscos nesse tipo de ambiente com grande aglomeração de pombos. O excremento pode concentrar o fungo transmissor da doença Cryptococus que compromete o pulmão e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose e até meningite. Para ocorrer o contágio, basta apenas que a pessoa inale a poeira das fezes secas dos animais.

Fernando Ferreira, responsável pelo Controle de Zoonoses do município do Rio de Janeiro, alerta que “o mais grave é que ela [a doença] se manifesta como uma gripe comum. Se a pessoa não falar com o médico que tem contato com pombos, que limpa as fezes, o médico não tem como fazer o diagnóstico preciso. A doença é muito parecida com a gripe e o resfriado e, quando se chega ao diagnóstico correto, a pessoa já está em estágio muito avançado e precisa de um tratamento mais especializado”.

A pessoa contaminada pode apresentar febre, tosse, dor torácica, dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, agitação e confusão mental. Os pombos também são responsáveis pela transmissão da toxoplasmose, histoplasmose, erisipela, salmonelose, candidíase e aspergilose. O contágio ocorre sempre pela inalação das fezes secas depositadas em caixas armazenadas, no chão, em beirais, em máquinas ou em qualquer outro local. Outra forma de contaminação é por meio dos piolhos dos pombos.

Em 2007, uma infestação de piolhos de pombos obrigou a direção da maternidade do Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, região metropolitana do Rio, a evacuar e fechar um andar inteiro do prédio. A infestação foi descoberta depois que o setor de enfermagem percebeu uma grande quantidade de piolhos da ave na janela.

Segundo o veterinário Fernando Ferreira, a interferência da população que insiste em alimentar as aves é a principal agravante, uma vez que diminui o tempo de vida dos pombos e acostuma essas aves a não mais procurar por alimento. “Com a facilidade de alimento, ela esquece o hábito de vida livre”, explicou Ferreira ao lembrar que esse costume é o que atrai aglomerados de pombos para as cidades.

Em Londrina, no Paraná, a superpopulação da ave chegou ao limite. Em 2009, a prefeitura da cidade publicou um decreto proibindo os moradores de alimentar pombos. A situação de Londrina vem sendo tratada como de alto risco à saúde pública e levou, no ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a autorizar o abate das aves, abrindo uma exceção à determinação da Lei 9.605 (de 12/02/98), que considera os pombos animais domésticos ou já domesticados, “levando qualquer ação de controle que provoque a morte, danos físicos, maus-tratos e apreensão, passível de pena reclusiva inafiançável de até 5 anos”.

Para o supervisor veterinário da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), Izanag Ferreira, o Rio de Janeiro está caminhando muito rapidamente para uma situação semelhante à de Londrina e que tudo depende de uma mudança de hábito das pessoas. O veterinário da Suipa lembra que a instituição defende a vida dessas aves e que existem meios de controle sem a necessidade de extermínio. “Se você não der comida e não der abrigo, ele [o pombo], por si só, diminui a reprodução. Eles [pombos] não vão morrer de fome porque não têm milho, mas vão migrar para outra região atrás de alimentos.” (Fonte: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil)

Site vende provável fóssil contrabandeado do Brasil





Mais um tesouro da pré-história brasileira pode acabar no exterior. Pior ainda: seu destino pode ser uma coleção de fósseis particular sem acesso aos cientistas.

No site americano PaleoDirect, especializado na venda de fósseis, é assim: quem tiver o dinheiro, leva.

Peças saídas do Brasil não são novidade por lá. Mas, atualmente, um raro e inédito fóssil do país está à venda.

Quem tiver R$ 25,6 mil pode se tornar proprietário da superconservada asa de uma espécie de pterossauro que ainda não foi descrita.

“Não é a primeira vez que esse site faz isso. Eles dizem que os fósseis saíram legalmente do país, mas não é verdade”, diz Felipe Monteiro, da Universidade Federal do Ceará. Ele é pesquisador na Chapada do Araripe (CE), região de origem do fóssil.

A Folha pediu ao PaleoDirect para ter acesso ao certificado de autenticidade que consta no anúncio do fóssil, mas não obteve resposta.

Segundo o site, o fóssil é “de uma coleção europeia com mais de 70 anos”. Ou seja, é anterior à promulgação da lei de 1942 que exige autorização do governo para que qualquer fóssil com interesse científico saia do Brasil.

Segundo especialistas, dizer que as coleções são anteriores à lei é a principal desculpa para dar “aparência de legalidade” ao contrabando.

Ao contrário do Brasil, nos EUA o comércio de fósseis, incluindo para o exterior, é autorizado. Por isso, sites como o PaleoDirect podem operar.

A Chapada do Araripe, onde o fóssil foi achado, é um complexo paleontológico reconhecido pela Unesco.

O mesmo site já protagonizou outra polêmica com fósseis brasileiros. Em 2008, a Folha noticiou a venda de um crânio intacto de um réptil voador por US$ 700 mil. (Fonte: Giuliana Miranda/ Folha.com)

LHC recria matéria que existiu no início do universo

Uma substância superquente que apareceu recentemente no Grande Colisor de Hádrons (LHC no acrônimo em inglês) é a forma mais densa de matéria já observada anunciaram cientistas em maio.

Conhecido como o plasma quark-gluon , ele é o estado primordial da matéria. Ou seja: logo após o Big Bang o universo era feito inteirinho dele.

Esta matéria exótica é mais de 100 mil vezes mais quente que o centro do Sol e mais densa que uma estrela de nêutrons – um dos objetos mais densos do universo. “Além dos buracos negros não há nada mais denso do que o que estamos criando aqui”, afirmou David Evans, físico da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, líder da equipe do detector ALICE (parte do LHC) que observou o plasma quark-gluon. “Se você tivesse um centímetro cúbico deste material ele pesaria 40 bilhões de toneladas.”, explicou ele.

Ao realizar centenas de milhares de colisões em altíssima velocidade a cada segundo, os físicos do LHC buscam quebrar as partículas subatômicas em formas ainda mais básicas da matéria que podem ser usadas para estudar como era o universo um trilionésimo de segundo após o Big Bang (caso do plasma).

Para recriá-lo, os cientistas arremessaram íons de chumbo uns contra os outros perto da velocidade da luz. Como o próprio nome já diz o plasma quark-gluon é feito de quarks (partículas elementares que ao serem combinadas formam prótons e nêutrons) e gluons (partículas que fazem com que os quarks fiquem juntos usando uma força da natureza chamada “força forte”). Os cientistas acreditam que ele se transformou na matéria como a conhecemos atualmente quando o universo esfriou.

A quantidade de plasma criada no LHC é duas vezes maior e mais quente do que a que havia sido feita pela colisor de partículas existente no Laboratório Nacional Brookhaven, nos Estados Unidos (o LHC fica na fronteira entre a França e a Suíça). O plasma criado pelas duas máquinas, no entanto, é bem similar afirmaram cientistas na conferência Quark Matter 2011 realizada mês passado na França. Por exemplo: os cientistas já confirmaram que as duas versões do plasma se comportam como líquidos perfeitos com praticamente zero de fricção. “Se você mexer uma xícara de chá com uma colher e depois tirá-la, o líquido irá se movimentar um pouco e depois parar. No caso de um líquido perfeito ele continuará se mexendo para sempre”, explicou Evans.

Ao comparar as diferentes versões de quark-gluon criadas pelo LHC e pelo acelerador de Brookhaven os cientistas podem entender melhor como e quando ele se transformou conforme o universo esfriava. Com este objetivo em mente, a equipe de Brookhaven está tentando criar o plasma quark-gluon em uma energia menor ainda do que a utilizada originalmente para encontrar a temperatura em que ele se transforma e forma prótons e nêutrons. Enquanto isso, o LHC continua a operar com apenas metade de sua energia máxima e a equipe do ALICE espera criar formas de quark-gluon ainda mais densas. (Fonte: Portal iG)

Nova técnica cria espécie híbrida com órgão de outro animal

Uma nova técnica que vem do Japão parece ter encontrado uma forma de injetar células-tronco embrionárias de um animal em outro para criar espécies híbridas, cujos órgãos poderiam ser usados em transplantes.

Há décadas que porcos são apontados como potencialmente capazes de gerar órgãos humanos para esse fim, mas não surgiu até agora nada nesse sentido.

A pesquisa é da equipe coordenada pelo professor Hiromitsu Nakauchi, diretor do departamento de medicina regenerativa e de biologia celular da Universidade de Tóquio, que apresentou seu trabalho durante a conferência anual da Sociedade Europeia de Genética Humana.

Promissor – Os pesquisadores injetaram células-tronco de ratos geneticamente alteradas em embriões de camundongos. Com isso, surgiram camundongos híbridos com pâncreas de ratos – órgão que produz hormônios como a insulina – que cresceram até a fase adulta.

Na técnica chamada “complementação de blastócito” – célula embrionária em sua face inicial -, Nakauchi usou um tipo de células-tronco conhecidas como pluripotentes induzidas, que podem ser retiradas de um tecido qualquer e encorajadas a se desenvolverem em qualquer outro tipo de célula do corpo.

Se a técnica for desenvolvida para seres humanos, ela pode ser usada no tratamento de diabéticos. Os pacientes poderiam receber o transplante de um pâncreas novo. (Fonte: Folha.com)

Vacina contra diabetes falha na 2ª fase de testes

Uma vacina experimental para prevenir o avanço da diabetes tipo 1 fracassou na segunda etapa do processo de testes, de um total de três, informaram médicos, nesta segunda-feira (27), em um estudo publicado na versão online da revista The Lancet.

A vacina visava a proteger as células beta produtoras de insulina no pâncreas do sistema imunológico do corpo. Sua fórmula se baseou em uma enzima chamada descarboxilase do ácido glutâmico (DAG), que o sistema imunológico visa, e ao fazer isto, destrói as preciosas células beta.

A ideia era que a vacina de pacientes com DAG ensinasse as células T do sistema imunológico a tolerar a enzima. O teste foi feito em 145 pacientes com idades de 3 a 45 anos nos Estados Unidos e no Canadá, diagnosticados com diabetes Tipo 1 nos três meses anteriores.

Os voluntários receberam ora a vacina, ora a vacina acompanhada de um potencializador padrão do sistema imunológico, ou apenas o potencializador. Os pacientes em todos os três grupos experimentaram um progresso semelhante com relação à doença, sem diferença entre eles no que diz respeito aos efeitos colaterais.

O estudo, conduzido por Jay Skyler, da Escola de Medicina da Universidade de Miami, foi apresentado em uma conferência da Associação de Diabetes Americana, em San Diego, Califórnia. Apesar do tropeço, os pesquisadores pediram mais pesquisas para ver se a fórmula pode funcionar quando administrada mais cedo ou como parte de uma combinação terapêutica.

O número de adultos com diabetes em todo o mundo mais que dobrou desde 1980, e atualmente chega a quase 350 milhões de pessoas, segundo dados divulgados mais cedo na conferência. A diabetes é provocada por um descontrole das taxas de açúcar no sangue e pode provocar problemas cardíacos e derrame, além de causar danos a rins, nervos e olhos.

Altos níveis de açúcar no sangue e diabetes matam 3 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano. A manifestação da doença é atribuída à expectativa de vida mais longa e ao excesso de peso, especialmente entre as mulheres.

A diabetes tipo 1, que afeta de 5% a 10% das pessoas com a doença, é conhecida como diabetes juvenil porque tipicamente se manifesta em crianças ou jovens adultos. Os pacientes precisam tomar insulina diariamente para o resto da vida, seguir dieta e fazer exercícios.

Na diabetes tipo 2, conhecida como diabetes adquirida, ora o corpo não produz insulina suficiente, ora as células são resistentes ao hormônio. A doença é controlada por dieta, exercícios e injeções de insulina, quando necessário. (Fonte: Portal Terra - maio 2011)

Número de diabéticos mais que dobra desde 1980, diz estudo

O número de adultos com diabetes em todo o mundo mais do que dobrou desde 1980, chegando a quase a 350 milhões de pessoas segundo estudo divulgado na publicação científica Lancet.

Os pesquisadores, em conjunto com a Organização Mundial da Saúde, afirmam que os índices da doença vêm aumentando em quase todas as partes do mundo nos últimos 30 anos.

Uma das principais consequências do aumento seria a sobrecarga dos sistemas de saúde em diversos países.

Dos 347 milhões de diabéticos, 138 milhões vivem na China e na Índia e outros 36 milhões nos EUA e na Rússia.

Estimativas anteriores calculavam que o número de portadores da doença seria de 285 milhões.

‘O diabetes pode ser o principal assunto em se tratando de saúde global na próxima década’, disse um dos autores do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College de Londres.

Ele ressalta que o estudo ainda não reflete a geração de crianças obesas ou acima do peso, portanto predispostas a desenvolver o diabetes em algum momento da vida.

‘Não chegamos ao auge desta tendência ainda. E ao contrário da pressão alta e do colesterol, ainda não temos tratamento para o diabetes’, disse ele.

O tipo mais comum de diabetes, o 2, é associado com obesidade e um estilo de vida sedentário.

‘A menos que desenvolvamos maneiras mais eficientes para detectar pessoas com elevadas taxas de açúcar no sangue e os ajudemos a melhorar suas dietas e praticar atividades físicas para controlar o peso, o diabetes continuará a representar um peso para os sistemas de saúde em todo o mundo’, disse Goodarz Danaei, da universidade americana de Harvard, outro coautor do estudo. (Fonte: G1, 27/06/2011)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Açaí, fruto típico de uma palmeira amazônica, ganhou o mundo








O açaizeiro é uma palmeira tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e faz parte da vegetação das matas de terra firme, várzea e igapó. A palmeira também é explorada na região para a extração do palmito. Conhecido por ter uma polpa com grande poder nutritivo, a fruta é consumida no mundo todo em bebidas, mix de frutas, sorvetes e cápsulas.
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É vedete nas lanchonetes de cidades litorâneas do Brasil, em quiosques de Los Angeles e Nova Iorque (EUA) e até em Paris (França). Açaí, típico da região Amazônica, fruto do açaizeiro (Euterpe oleracea, família Palmae) é muito utilizado pelos habitantes no preparo de sucos, vinhos, doces, licores e sorvetes. O açaizeiro é uma palmeira tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e faz parte da vegetação das matas de terra firme, várzea e igapó. A palmeira também é explorada na região para a extração do palmito. Conhecido por ter uma polpa com grande poder nutritivo, a fruta é consumida no mundo todo em bebidas, mix de frutas, sorvetes e cápsulas.

Na região amazônica, o suco feito com a polpa é conhecido como “vinho de açaí”. Consumido geralmente com farinha de tapioca, faz parte da alimentação local. Hoje, o estado que lidera a produção é o Pará, com quase 90% do mercado, mas o açaí é apreciado em toda a região amazônica e recentemente tem sido também consumido pelos estados do Sul e Sudeste do Brasil, principalmente por academias e atletas.



Despolpamento do fruto
Pelo despolpamento do fruto, obtem-se o tradicional "vinho do açaí", bebida de grande aceitação e bastante difundida entre as camadas populares, considerado um dos alimentos básicos da região. O caroço (endocarpo e amêndoa), após decomposição é largamente empregado como matéria orgânica, sendo considerado ótimo adubo para o cultivo de hortaliças e plantas ornamentais.

Utilização da Estirpe do Açaí
Quando adulto e bem seco, a estirpe é bastante utilizado como esteio para construções rústicas, ripas para cercados, currais, paredes e caibros para coberturas de barracas, lenha para aquecimento de fornos de olarias. Experiências realizadas pelo Idesp-Pará, demonstraram a sua importância como matéria-prima para produção de papel e produtos de isolamento elétrico.

A Copa
As folhas do açaí servem para cobertura de barracas provisórias e fechamento de paredes, especialmente as de uso transitório como as utilizadas pelos roceiros e caçadores. Quando verdes e recém-batidas, servem como ração, sendo bastante apreciada pelos animais. As folhas do açaizeiro, após trituração, também fornecem matéria-prima para fabricação de papel. Na base da copa, constituída pela reunião das bainhas e o ponto terminal do estipe, encontra-se um palmito de ótima qualidade e muito procurado pelas indústrias alimentícias.

As bainhas da folhas, por sua vez, após separação para extração do palmito e os resíduos deste, são utilizadas como excelente ração para bovinos e suínos, bem como - após decomposição - excelente adubo orgânico para hortaliças e fruteiras.

A Planta
É palmeira de belo porte, apresentando-se bastante alta, quando em concorrência na floresta, porém de porte médio se cultivada isoladamente ou sem influência de árvores de grande porte. Presta-se com ótimos resultados para ornamentação de jardins e parques. Pelas características de cultura permanente, pode ser recomendada para proteção do solo, por apresentar uma deposição constante de folhas, aliado ao sistema radicular abundante que possui.

Importância Comercial
O açaí é de importância incalculável para a região amazônica em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, tornando-se impossível, nas condições atuais de produção e mercado, a obtenção de dados exatos sobre sua comercialização. A falta de controle nas vendas, bem como a inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida apoia-se pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta, também impedem a constituição de números exatos.

Variedades
O açaizeiro apresenta duas variedades bastante conhecidas pelo homem interiorano, cuja diferenciação é feita apenas pela coloração que os frutos apresentam quando maduros, as quais podem ser assim caracterizadas:
Açaí Roxo:
É a variedade regional predominante conhecida com açaí preto, pois seus frutos apresentam, quando maduros, uma polpa escura, da qual se obtém um suco de coloração arroxeada "cor de vinho", originando assim, a denominação popular de "vinho de açaí".
Açaí Branco
É assim denominado por produzir frutos cuja polpa, quando madura, se apresenta de coloração verde-escuro brilhante, fornecendo um suco (vinho) de cor creme claro.

Além de ser aproveitado de todas estas formas, o palmito do açai, que é muito apreciado e considerado como um prato fino, é comercializado em grande escala e chega a ser exportado.

Bom para a Saúde
O mais recente resultado da pesquisa traz nova boa notícia aos consumidores do açaí. Em artigo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, os cientistas descrevem que os antioxidantes contidos no fruto são absorvidos pelo organismo humano. O estudo envolveu 12 voluntários, que consumiram açaí em polpa e na forma de suco, esta última contendo metade da concentração de antocianinas – pigmentos que dão cor às frutas – do que a versão em polpa. Os dois alimentos foram comparados com sucos sem propriedades antioxidantes, usados como controle.

Amostras do sangue e da urina dos participantes foram tomadas 12 e 24 horas após o consumo e analisadas. Segundo os pesquisadores, tanto a polpa como o suco apresentaram absorção significativa de antioxidantes no sangue após terem sido consumidos. "O açaí tem baixo teor de açúcar e seu sabor é descrito como uma mistura de vinho tinto e chocolate. Ou seja, o que mais podemos querer de uma fruta?", disse Susanne Talcott, principal autora do estudo, do qual também participaram cientistas das universidades do Tennessee e da Flórida.

Segundo ela, trabalhos futuros poderão ajudar a determinar se o consumo do açaí pode resultar em benefícios para a saúde com relação à prevenção de doenças. O grupo do qual faz parte tem estudado a ação do açaí contra células cancerosas. “Nossa preocupação é que o açaí tem sido vendido como um superalimento. E ele definitivamente tem atributos notáveis, mas não pode ser considerado uma solução para doenças. Há muitos outros bons alimentos e o açaí pode ser parte de uma dieta bem balanceada”, disse Susanne.

O artigo Pharmacokinetics of anthocyanins and antioxidant effects after the consumption of anthocyanin-rich açai juice and pulp (Euterpe oleracea Mart.) in human healthy volunteers, de Susanne Talcott e outros, pode ser lido por assinantes do Journal of Agricultural and Food Chemistry em http://pubs.acs.org/journals/jafca
(Fonte: Modificado de Ambiente Brasil, 2011)

Encontre o bicho ...


Desmatamento das florestas do país está dificultando a sobrevivência dos aniamis. Na foto, sapo da floresta Kirindy, a oeste de Madagascar.
(Fonte: BBC Brasil. 26/01/2011)

Mais camuflagem


Agora é a vez do sapo da família “Microhylidae”, natural de Madagascar, fica quase invisível no meio da folhagem.
(Fonte: BBC Brasil, 26/01/2011)

Fotógrafo registra inseto que se disfarça de orquídea


(FOnte: BBC Brasil, 26/01/2011)

DNA de orangotango possui 97% de coincidência com o do ser humano

Os orangotangos são muito mais diversos geneticamente do que se pensava, uma descoberta que pode ajudar em sua sobrevivência, afirmam cientistas que acabam de concluir o primeiro exame de DNA da espécie de macaco em risco crítico de extinção.

O estudo, publicado na edição da revista científica "Nature", também revela que o símio -conhecido como "o homem da floresta"- quase não evoluiu nos últimos 15 milhões de anos, em forte contraste com o Homo sapiens e seu primo mais próximo, o chimpanzé.

Antes amplamente distribuídos pelo sudeste da Ásia, apenas duas populações do símio inteligente e escalador de árvores vivem na natureza, ambas em ilhas da Indonésia.

De 40 mil a 50 mil indivíduos vivem em Bornéu, enquanto em Sumatra o desmatamento e a caça fizeram reduzir uma comunidade que antes chegava a ter 7.000 indivíduos, segundo a União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Segundo o estudo, estes dois grupos se separaram geneticamente por volta de 400 mil anos atrás, consideravelmente depois do que se pensava, e hoje constituem espécies separadas, embora com relacionamento próximo: o Pongo abelii (Sumatra) e o Pongo pygmaeus (Bornéu).

Um consórcio internacional de mais de 30 cientistas decodificou o sequenciamento completo do genoma de uma fêmea de orangotango de Sumatra, chamada Susie.

Eles, então, completaram as sequências de outros dez adultos, cinco de cada população.

"Nós descobrimos que o orangotango médio é mais diverso, geneticamente falando, do que o homem médio", relatou o chefe das pesquisas, Devin Locke, geneticista evolutivo da Universidade de Washington, no Missouri (EUA).

Os genomas de humanos e orangotangos se justapõem em 97%, enquanto que o de humanos e chimpanzés, em 99%, afirmou.

Mas a grande surpresa foi que a população de Sumatra, consideravelmente menor, demonstrou ter mais variações no DNA do que seu primo comum de Bornéu. Embora perplexos, os cientistas disseram que isto pode aumentar as chances de sobrevivência da espécie.

"Sua variação genética é uma boa notícia porque, a longo prazo, permite que mantenham uma população saudável" e ajudará a dar forma aos esforços de conservação, explica o co-autor do estudo, Jeffrey Rogers, professor do Baylor College de Medicina, no Texas (EUA).

No fim das contas, no entanto, o destino deste grande símio cujo comportamento e as expressões lânguidas às vezes parecem assustadoramente humanas dependerá da gestão que será feita na natureza, afirmou Rogers.

"Se a floresta desaparecer, então a variação genética não importará. O habitat é absolutamente essencial", explicou. "Se as coisas continuarem como estão nos próximos 30 anos, não teremos orangotangos na selva."

PRÓXIMOS DE NÓS

Os cientistas também ficaram assombrados pela estabilidade persistente do genoma do orangotango, que parece ter mudado muito pouco desde que se ramificou para um caminho evolutivo separado.

Isto significa que a espécie é geneticamente mais próxima do nosso ancestral comum do qual se supõe que todos os grandes símios tenham se originado, de 14 milhões a 16 milhões de anos atrás.

Uma pista possível para a falta de mudanças estruturais no DNA do orangotango é a relativa ausência, na comparação com os humanos, de marcadores genéticos conhecidos como "Alu".

Estes curtos segmentos de DNA compõem cerca de 10% do genoma humano -por volta de 5.000- e podem aparecer em lugares imprevisíveis para criar novas mutações, algumas das quais persistem.

"No genoma do orangotango, nós encontramos apenas 250 novas cópias de Alu em um período de tempo de 15 milhões de anos", disse Locke.

Os orangotangos são os únicos grandes símios a viver principalmente em árvores. Na natureza, eles podem viver de 35 a 45 anos e em cativeiro, mais dez anos. As gêmeas dão à luz, em média, a cada oito anos, o maior intervalo entre nascimentos entre os mamíferos.

Uma pesquisa anterior demonstrou que os grandes símios não são apenas adeptos de fazer e usar ferramentas, mas são capazes de ter aprendizado cultural, o que antes se pensava ser uma característica exclusivamente humana.
(FOnte: Folha de São Paulo, 26/01/11)