segunda-feira, 4 de julho de 2011

Vacina contra diabetes falha na 2ª fase de testes

Uma vacina experimental para prevenir o avanço da diabetes tipo 1 fracassou na segunda etapa do processo de testes, de um total de três, informaram médicos, nesta segunda-feira (27), em um estudo publicado na versão online da revista The Lancet.

A vacina visava a proteger as células beta produtoras de insulina no pâncreas do sistema imunológico do corpo. Sua fórmula se baseou em uma enzima chamada descarboxilase do ácido glutâmico (DAG), que o sistema imunológico visa, e ao fazer isto, destrói as preciosas células beta.

A ideia era que a vacina de pacientes com DAG ensinasse as células T do sistema imunológico a tolerar a enzima. O teste foi feito em 145 pacientes com idades de 3 a 45 anos nos Estados Unidos e no Canadá, diagnosticados com diabetes Tipo 1 nos três meses anteriores.

Os voluntários receberam ora a vacina, ora a vacina acompanhada de um potencializador padrão do sistema imunológico, ou apenas o potencializador. Os pacientes em todos os três grupos experimentaram um progresso semelhante com relação à doença, sem diferença entre eles no que diz respeito aos efeitos colaterais.

O estudo, conduzido por Jay Skyler, da Escola de Medicina da Universidade de Miami, foi apresentado em uma conferência da Associação de Diabetes Americana, em San Diego, Califórnia. Apesar do tropeço, os pesquisadores pediram mais pesquisas para ver se a fórmula pode funcionar quando administrada mais cedo ou como parte de uma combinação terapêutica.

O número de adultos com diabetes em todo o mundo mais que dobrou desde 1980, e atualmente chega a quase 350 milhões de pessoas, segundo dados divulgados mais cedo na conferência. A diabetes é provocada por um descontrole das taxas de açúcar no sangue e pode provocar problemas cardíacos e derrame, além de causar danos a rins, nervos e olhos.

Altos níveis de açúcar no sangue e diabetes matam 3 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano. A manifestação da doença é atribuída à expectativa de vida mais longa e ao excesso de peso, especialmente entre as mulheres.

A diabetes tipo 1, que afeta de 5% a 10% das pessoas com a doença, é conhecida como diabetes juvenil porque tipicamente se manifesta em crianças ou jovens adultos. Os pacientes precisam tomar insulina diariamente para o resto da vida, seguir dieta e fazer exercícios.

Na diabetes tipo 2, conhecida como diabetes adquirida, ora o corpo não produz insulina suficiente, ora as células são resistentes ao hormônio. A doença é controlada por dieta, exercícios e injeções de insulina, quando necessário. (Fonte: Portal Terra - maio 2011)

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