quinta-feira, 18 de abril de 2013

Nova espécie de porco-espinho é descoberta por cientistas brasileiros


Uma nova espécie de porco-espinho foi descoberta no estado de Pernambuco, em uma área preservada de Mata Atlântica, e descrita em um estudo publicado na última semana no periódico científico “Zootaxa”. O animal foi identificado por uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor de zoologia Antônio Rossano Mendes Pontes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O animal, coberto com espinhos castanho-escuros com a ponta avermelhada, é conhecido pelos moradores da região como “coandu-mirim”, segundo a agência de notícias Associated Press. Ele foi batizado de Coendou speratus pelos pesquisadores.
O termo “speratus” remete à palavra em latim para “esperança”, e foi escolhido devido “à esperança que temos pelo futuro da espécie”, disse Pontes em entrevista à agência.
Os pesquisadores calculam que haja quatro porco-espinhos desta espécie por km² na mata da área que abrigava a Usina Trapiche, onde o animal foi descoberto.
O professor de zoologia, no entanto, põe em dúvida a existência de outros porco-espinhos deste tipo fora da região, diz a agência. O animal divide o habitat remanescente com outra espécie de porco-espinho, maior e já conhecida.
O Coendou speratus se alimenta basicamente de sementes, segundo os cientistas. Ele possui um nariz pontudo e uma causa longa e flexível que ajuda na locomoção entre as árvores, mas o animal não consegue saltar entre elas. O porco-espinho é forçado a escalar para subir ou descer de árvores quando os galhos não estão próximos uns dos outros, dizem os pesquisadores.
O animal é ativo à noite e tem como predadores os felinos selvagens, como onças, e cachorros domésticos. Mas a principal ameaça à espécie é a presença de seres humanos, disseram os cientistas à Associated Press.
“As pessoas são responsáveis pelo desmatamento e pelas queimadas nas florestas, e algumas vezes caçam eles mesmos os porco-espinhos”, disse Pontes em entrevista à agência. Ele vem pesquisando o pequeno trecho de Mata Atlântica preservado na região Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco e Alagoas, desde 2000.
“Levando em conta a destruição da área, em que 98% da cobertura original de Mata Atlântica no Nordeste já foi perdida, várias espécies podem ter sido extintas antes de serem conhecidas pelos humanos”, pondera Pontes. (Fonte: G1, 11/04/2013)

Perda de audição: o que é e como evitá-la


A perda auditiva depende muito mais de como você protege o ouvido ao longo da vida do que do envelhecimento do corpo, apontam especialistas.

Mundo cada dia mais barulhento está gerando perdas auditivas irreversíveis, alertam especialistas
O barulho, e não a idade, é a principal causa da perda auditiva. A menos que se tome providências imediatas para proteger os ouvidos, mais cedo ou mais tarde muitos enfrentarão dificuldade para entender até mesmo simples conversas.
Essa perda auditiva permanente pode ser causada pelos barulhos do dia a dia que nós consideramos como fatos normais da vida.
“A triste verdade é que muitos de nós somos responsáveis por nossa própria perda auditiva”, escreveu Katherine Bouton em seu novo livro,Shouting Won't Help ( Gritar não Ajuda , em livre tradução).
A causa, ela explica, é “o barulho a que nos submetemos dia após dia”. Embora haja inúmeros regulamentos para proteger as pessoas que trabalham em ambientes barulhentos, há relativamente poucos regulamentos sobre a exposição repetida ao ruído fora do ambiente de trabalho: tocadores de música portáteis, shows de rock, secadores de cabelo, sirenes, cortadores de grama, aspiradores de pó, alarmes de carros e outras fontes incontáveis.
Nós vivemos em um mundo barulhento, e ele parece ficar mais barulhento a cada ano. Os ouvidos são instrumentos frágeis. Quando as ondas sonoras entram no ouvido, fazem o tímpano vibrar. As vibrações são transmitidas para a cóclea, no ouvido interno, onde um fluido as carrega para fileiras asseadamente organizadas de células ciliadas. Estas, por sua vez, estimulam as fibras nervosas, cada uma sintonizada em uma frequência diferente. Esses impulsos viajam através dos nervos auditivos até o cérebro, onde são interpretados como, por exemplo, palavras, música ou um veículo se aproximando.
Os danos a esse aparato delicado resultam tanto do volume quanto do tempo de exposição ao som. Barulhos muito altos, ou exposições crônicas ao som, mesmo que não seja particularmente alto, podem causar danos nas células ciliares, fazendo com que elas fiquem desordenadas e se degenerem.
Nascemos com um número fixo de células ciliares; uma vez que elas morrem, não podem ser substituídas, e a sensibilidade auditiva é perdida de forma permanente. Geralmente, a sensibilidade a sons de alta frequência é a primeira a desaparecer, seguida da incapacidade de ouvir as frequências da fala.
Além disso, os efeitos da exposição ao barulho são cumulativos, como Robert V. Harrison, especialista em audição da Universidade de Toronto (Canadá), observou recentemente na revista The International Journal of Pediatrics.
Embora comecemos com um excesso de células ciliares, com repetidos ataques barulhentos, um número suficiente delas é destruído para prejudicar a audição. Portanto, os danos às células ciliares ocorridos no início da vida, como acontece com muitos músicos do rock e com fanáticos por shows de rock, podem aparecer na meia-idade como uma dificuldade em entender as conversas em volta.
O volume do som é medido em decibéis (dB), e o nível no qual o barulho pode causar perda de audição permanente começa em cerca de 85 dB, típicos de um secador, um processador de alimentos ou de um liquidificador.
Michael D. Seidman, diretor de otorrinolaringologia no Hospital Henry Ford West Bloomfield, em Michigan, sugere algumas medidas para evitar a perda de audição no futuro:
Use plugs de ouvido para secar o cabelo ou cortar a grama com um cortador a motor, e para tapar as orelhas quando um veículo de emergência passa com a sirene alta. Proteção de ouvido é uma necessidade para pessoas que usam armas de fogo, assim como para pessoas que dirigem moto ou usam sopradores de neve ou de folhas, furadeiras ou serras elétricas.
Usando fones de ouvido, nunca ouça música no volume máximo . Alguns tocadores de música portáteis produzem níveis de som no ouvido compatíveis com os de um jato decolando. Se você ouve música com fones de ouvido interno ou externo em níveis que bloqueiam as conversas normais, você está, na verdade, liberando golpes letais para as células ciliares dos seus ouvidos, explica Seidman.
Leia com atenção os avisos na embalagem de seu fone de ouvido ou tocador de música . Com grande frequência as pessoas aumentam o volume para não ouvir os ruídos ao redor. Um plano melhor é ajustar um volume máximo enquanto estiver em um ambiente silencioso e nunca passar dele.
Se outras pessoas podem escutar o que você está ouvindo, o volume está muito alto . Alguns aparelhos portáteis vêm com a possibilidade de programar um volume máximo, o que pode fazer o preço a mais valer a pena para pais preocupados em proteger os ouvidos dos filhos.
Se for usar fones internos de ouvido, escolha aqueles que se encaixam confortavelmente e nunca inseri-los muito apertados no canal auditivo . Como alternativa, quando você estiver sozinho e sem risco de perder sinais importantes do ambiente, como um carro que se aproxima, considere usar fones externos com cancelamento de ruído, que bloqueiam os barulhos externos e permitem que você ouça música em um volume mais baixo.
Até mesmo brinquedos feitos para crianças pequenas podem gerar níveis de barulho prejudiciais ao ouvido . A Associação Americana de Fonoaudiologia e Linguagem lista como perigos potenciais as armas de brinquedo, bonecas falantes, carrinhos com buzinas e sirenes, walkie-talkies, brinquedos de borracha de apertar, instrumentos musicais e brinquedos com manivelas. De acordo com a associação, algumas sirenes de brinquedo e brinquedos de borracha podem emitir sons de até 90 dB, tão altos como um cortador de grama.
Pais com audição normal devem testar os brinquedos que emitem sons antes de entregá-los às crianças . A recomendação é: Se o brinquedo soar muito alto, não compre.
(Fonte: Jane E. Brody, abr/2013)


Ministério da Saúde acompanha mutação do vírus H7N9


O Ministério da Saúde informou que acompanha os casos de H7N9 – o vírus que atinge aves na Ásia e pode matar humanos – por intermédio do monitoramento de dados informados regularmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para as autoridades brasileiras, a contaminação do vírus em pessoas deve ser observada.
A assessoria de imprensa do ministério ressaltou que o H7N9 é um vírus semelhante ao H5N1, que circula em alguns países da Ásia e Norte da África desde 2005 e sua transmissão entre humanos é rara. O Ministério da Saúde lembra que não há restrição a viagens, para países nos quais foram identificados casos do H5N1.
Os primeiros casos da gripe aviária H7N9 foram confirmados na região de Zhejiang, na China. Para os especialistas, é essencial descobrir a origem da infecção e o modo de transmissão do vírus para os humanos. As suspeitas são de que o vírus tenham sofrido mutações para uma forma capaz de infectar as pessoas.
Por enquanto, as autoridades sanitárias não conseguiram estabelecer relação epidemiológica entre os infectados, associando os casos às áreas geográficas. Há estudos sobre dois casos de pessoas que tiveram contatos com aves e dois casos, com porcos. A possibilidade de os suínos serem a fonte de contágio não foi descartada. (Fonte: Jornal a Gazeta, abr/2013)

Cientistas preparam “chuva” de ratos tóxicos para combater serpentes


A Força Aérea dos Estados Unidos lançará sobre as florestas de Guam cerca de dois mil ratos mortos contendo uma substância fatal para as serpentes responsáveis pelo extermínio de grande parte da fauna da ilha.
A ação nessa fortaleza militar do Pacífico vai acontecer entre abril e maio, e consiste, segundo o plano inicial, em jogar de helicópteros os roedores mortos que receberão, antes, uma injeção com 80 miligramas do produto químico conhecido como paracetamol – utilizado em humanos como analgésico, mas mortal para a serpente arbórea marrom (Boiga irregularis), cuja população está saindo de controle.
O réptil, uma espécie invasora original do litoral nordeste da Austrália e da ilha de Papua, é causadora da extinção de nove das 12 espécies de aves autóctones de Guam após chegar ali nos navios da marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a conclusão dos especialistas.
A ausência de predadores naturais para essa espécie e a abundância de comida propiciaram a expansão dessas serpentes por quase toda a ilha, até alcançar uma densidade de entre 50 e 100 espécimes por hectare.
Além do desastre para a fauna da ilha, o réptil também é uma dor de cabeça para o governo local, já que se torna difícil impedir que penetre nas instalações elétricas e cause contínuas e custosas avarias no sistema de provisão de energia.
O experimento piloto será realizado em cerca de “200 acres de terra (810 mil metros quadrados) a noroeste da base aérea de Andersen” comentou com a Agência Efe Jesse Guerrero, membro da equipe de biólogos na base militar americana.
Para evitar que outros animais possam se envenenar com a ingestão dos roedores, estes serão lançados “um a um” com uma espécie de miniparaquedas “para que se enganchem nas árvores” onde as serpentes vivem.
Alguns roedores, além da substância cujo efeito mortal tem uma duração de 72 horas, também terão um sistema de rádio transmissão para rastrear os movimentos das serpentes antes de sua morte.
Os pesquisadores americanos que desenvolvem o teste em Guam planejam coletar informação durante os próximos 14 meses para medir o sucesso da missão e preparar novos projetos a fim de combater a praga dessa espécie de réptil, cujo veneno não é mortal para o homem.
“Queremos nos assegurar de que estamos fazendo o correto. Se a informação colhida mostrar que o plano é eficaz para o controle da população, planejaremos novas missões em outras áreas de Guam”, declarou Daniel Vice, membro do Departamento americano de Agricultura e Vida Selvagem para o Havaí, Guam e as ilhas do Pacífico, ao jornal Pacific Daily News.
Segundo os especialistas, aproximadamente dois milhões de serpentes dessa espécie, que chegam a até três metros de comprimento, habitam as áreas florestadas dos 541 quilômetros quadrados de extensão da ilha de Guam.
A operação militar tem um orçamento de US$ 1 milhão fornecido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e obteve a aprovação por Agência de Proteção Ambiental do mesmo país.
Guam, que foi colônia espanhola até 1898, tem uma população de 160 mil pessoas com passaporte americano apesar de estar inscrito desde 1950 como um território associado não incorporado aos Estados Unidos.
O turismo é a principal fonte de renda para a ilha, seguida pelos investimentos dos Estados Unidos, que consideram a ilha como um território de importância estratégica para proteger seus interesses nessa região do Pacífico. (Fonte: Terra, 05/abr/2013)