domingo, 1 de março de 2009

Notificações indicam que leptospirose segue 'rota das enchentes' em SP

São Paulo - Os 40 casos de leptospirose confirmados entre janeiro e ontem estão distribuídos na capital paulista seguindo a “rota das enchentes”. A doença, transmitida pela urina de ratos, atingiu 12 pessoas da zona leste, que abriga o distrito de Aricanduva - um dos mais castigados pela invasão das águas - e 11 moradores da zona norte, região onde estão três das 10 avenidas que mais alagam na cidade.

O restante das notificações está dividido assim: sete casos na zona sul, um na centro-oeste e nove que ainda seguem em investigação. Apesar de preocupante, os números de 2009 apresentam tendência de queda, quando comprados ao mesmo período de 2008 , quando houve 59 registros. Em 2007, 84 ficaram doentes.

O alerta é que as enxurradas são propícias para a proliferação da leptospirose. A sujeira dos bueiros e a lama contaminadas quando entram em contato com qualquer ferida ou área de mucosa (boca, nariz, ânus) podem transmitir a infecção. Segundo o Boletim Epidemiológico Paulista , 82% dos infectados apresentam febre e 64%, olhos amarelados. O mesmo estudo endossou que a enchente concentra 90% dos locais de contágio.

Em todo Estado, os casos de leptospirose tiveram redução de 33,5% (771 em 2007 contra 512). Um dos responsáveis para a queda de registros foi a implantação do programa de controle de roedores, criado pela Secretaria Municipal de Saúde. Mas a presença de ratos dentro das casas ainda é um desafio. Dos imóveis paulistanos, 14,6% ainda têm vestígios do animal (urina, pelo ou fezes).

(Fonte: Jornal da Tarde, 01/03/2009)

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